terça-feira, 14 de novembro de 2017

Birras


Não sei muito bem por que razão, hoje comecei a falar com a minha mãe sobre birras e sobre as boas palmadas que apanhei no lombo. Dizia a minha mãe que, sempre que eu voltava de casa do meu pai (se fosse por muito tempo ainda pior), vinha possuída e passados 10 minutos já estava a apanhar. Eu sei que era uma criança minimamente bem comportada, mas realmente também fazia das minhas...
Como ontem vi o vídeo da Cocó sobre birras, partilhei com a minha mãe que o pediatra tinha dito que a solução para as birras não era bater (apesar de concordar com essa acção em determinados contextos), mas sim ignorar e - aconteça o que acontecer - não ceder. Pode ser complicado, principalmente em público, mas não é nada bom se a criança perceber que essa chantagem emocional das birras em público resulta.
A minha mãe riu-se, a pensar em como ela própria nunca cedia, por mais ridícula e desmedida que fosse a minha "fita". Riu-se ainda mais a relembrar uma das minhas mais famosas birras (da qual não tenho memória) em que, segundo ela, eu chorei e gritei de forma louca durante todo o tempo em que estivemos numa feira. Eu queria um microfone que a minha mãe não me quis comprar e, estava de tal forma descontrolada, que a minha avó só lhe dizia "ai que lhe dá uma coisa! A menina vai ter um ataque!".
Toda a gente ficou a olhar para mim? Claro. Eu ou a minha mãe ficámos traumatizadas com o assunto? Nem por isso. Há necessidade de ceder às birras dos meninos, dar-lhe o que eles querem e criar filhos mal-habituados? Não me parece. [diz a pessoa sem filhos que ainda não teve de passar por isso, mas espero não mudar a minha opinião]

1 comentário:

Vanessa disse...

Não tenho filhos, mas, já fui ama de bebés e crianças, mesmo aprendendo várias coisas uma delas que aprendi é que não se pode ceder sempre, quando eles estavam comigo se eu dissesse que não eles não o faziam, nunca se atiravam ou chão ou faziam birras,já com os pais mal chegavam e se eles fizessem birra, só para não os aturar afirmavam que a criança podia fazer o que queria, e eu pensava que assim não se educa uma criança é óbvio que não se vai deixar uma criança não brincar ou não fazer algo, mas dizer qual não é logo em seguido dizer que sim, porque a criança fez birra é que não. Mas isto sou eu que penso assim e não tenho filhos ainda.