segunda-feira, 19 de março de 2018

Uma alimentação (ligeiramente) mais equilibrada


Até há bem pouco tempo, nunca me preocupei com a minha alimentação. Comia o que me apetecia, quando me apetecia. Sempre fui magra e as análises nunca acusaram problemas de maior que pudessem levar a correcções na minha alimentação, pelo que não era algo em que me focava. Aliás, se fosse preciso ainda pensava "sim, sim... vou mesmo deixar de comer um chocolate seguido de um pacote de batatas fritas. Se me apetece...".
Quando cheguei à faculdade, a coisa descambou de vez. Saí debaixo das saias da mãe, comecei a ser eu a fazer as compras no supermercado e foi o descalabro total. A quantidade de Milka Oreo que eu conseguia devorar sem o mínimo remorso era incrível... Consumia regularmente produtos altamente processados, sem o menor pensamento crítico.
O meu pequeno-almoço era Chocapic (quando o tomava... e muita sorte se o jantar não fosse também). Ao almoço, comia na cantina (ainda era o melhorzinho) ou no bar da faculdade; às vezes, em cadeias de fast food. Ao jantar, se a comida da mãe faltava (porque faltava), as pizzas congeladas e as massas com atum (e derivados) reinavam. Os snacks e lanchinhos a meio do dia também eram comprados na faculdade... Por exemplo, também não havia a preocupação de consumir fruta: quando havia, comia; quando não havia, não comia. Acho que não preciso de descrever muito mais para perceberem o cenário.
No entanto, uma pessoa cresce, ganha mais consciência e, não pensando propriamente no peso, começa a pensar nas suas escolhas de vida e no mal que está a fazer a si própria. Aos poucos, os hábitos vão-se alterando e adaptando... Para melhor.
Posso dizer com toda a certeza que, para mim, o facto de não ter de estudar me ajudou. Os horários são outros, a rotina - mais ou menos constante - ajuda a ter hábitos saudáveis. Ajuda também a não pensar "estou a perder tempo a cozinhar que devia estar a usar para fazer um trabalho".
Além disso, comecei a trocar alguns dos produtos que consumia. Por exemplo, descobri que a manteiga de côco fica maravilhosamente bem nas torradas... Se deixei de comprar manteiga normal? Claro que não, mas se às vezes a posso substituir, porque não? Depois, houve muitas coisas que saíram: o Chocapic deixou de ser comprado, o Milka Oreo também (sniff sniff)... E tantos outros produtos que não me faziam falta nenhuma. Atenção: estou a falar do que compro e como regularmente, não me passei a privar a 100%.
Por fim, a lancheira começou a ser a minha melhor amiga. Aqui sim, foi uma necessidade de terras suíças (e agora, mesmo em Portugal, também o é). No entanto, há males que vêm por bem e a i. do passado não reconheceria a i. do presente, que prepara os almoços para levar, bem como todos os lanchinhos. Se me dá muito mais trabalho? Sim. Se é um stress pegado por não saber o que fazer? Também. Mas compensa em muitos outros aspectos.
Quero apenas frisar que não sou "paranóica" com a alimentação e com hábitos saudáveis. Aliás, estou toda contente porque sei que amanhã vou comer e beber coisas boas (e gordas) com amigos. Porém, tenho perfeita consciência de que tinha hábitos prejudiciais à minha saúde a longo prazo e de que há pequenas (grandes) mudanças que, não influenciando a minha felicidade momentânea, fazem a diferença.

Adulthood sucks


Sabem o que é que é mesmo, mas meeeesmo triste? Controlar os gastos, pensar "ai que bom, estou a gastar pouco dinheiro!" e constatar que não vai sobrar nada na mesma. (parece que nunca fiquei tão contente com os dez eurinhos que a minha avó me dá ao fim-de-semana)

sábado, 17 de março de 2018

Dicas belgas procuram-se


Maltinha que já conhece a Bélgica:
- o que não perder em Bruges?
- quais são as atracções mesmo mesmo fixes de Bruxelas?
- onde posso atacar mexilhões à grande sem um rombo à carteira?
- já agora, onde estão as melhores waffles lá do sítio?
Obrigada. Não vos posso prometer chocolates belgas em troca, mas o meu carinho terão de certeza.

terça-feira, 13 de março de 2018

Ainda as casas de banho


Então e casas de banho no trabalho (num prédio empresarial) com bidé? Quero aquilo para quê? Para lavar o rabinho no trabalho? Para pôr os pés de molho? E depois limpo com a toalhinha de bidé que levo na mala? Mesmo que isto fosse sequer uma hipótese, quem é que quereria usar o mesmo bidé que toda a gente? Não têm espaço para pôr lá um balde do lixo, mas têm para pôr lá um bidé?

segunda-feira, 12 de março de 2018

Todas as mulheres têm o período [*]

Alguém me explica o porquê de não haver baldes do lixo em todas as casas de banho femininas? No meu trabalho, tenho de ter imenso cuidado para escolher a casa de banho certa (nas determinadas alturas do mês, claro está)... Mas quer dizer, às vezes uma pessoa está aflitinha e nem pensa no assunto, entra na primeira que lhe aparece à frente. E as conversas que já tive de ter com as pessoas? "Ah, passe-me à frente... Não, não. Insisto. A sério, vá... Eu preciso de caixote do lixo, tenho mesmo de ir à outra". Desnecessário.


[*] "piada" que só vai ser entendida por pessoas que me conhecem pessoalmente, que estiveram nas mesmas aulas de Mestrado que eu e que vai fazer com que eu arda no Inferno por gozar com as pessoas. No entanto, achei que era um título que se enquadrava e isso atenua a piada.

sábado, 10 de março de 2018

quinta-feira, 8 de março de 2018

Bimba Y Lola de mi corazón

[imagem meramente ilustrativa]

A Bimba Y Lola era aquela loja onde eu passava à porta, olhava para a montra, pensava "ridículo" (peças e preços) e seguia em frente. Até que um dia, uma pessoa pediu-me ajuda para comprar uma prenda "decente" para alguém complicado (aka, alguém que tinha tudo o que o dinheiro permite) e eu pensei "a Bimba Y Lola tem umas carteiras giras".
Na altura, fui lá com a minha mãe e vi o quanto ela gostou dos modelos em questão… E foi assim que, passado uns meses, fiz a primeira compra na loja. A prenda de anos da minha mãe (que, felizmente, faz anos quando já começam a haver saldos). A partir daí, não parei mais... Ando sempre à cata para ver quando os artigos de que gosto têm desconto.
Comecei com uns botins. Entretanto já tenho outro par de botins. A minha mãe deu-me um estojo há uns anos. Comprei uma espécie de blusinha/camisa. A aquisição mais recente foi uma mala (impingida ao namorado como prenda de Natal). Até já tive um casaco de Inverno que, com muita pena minha, tive de devolver (era lindo e quentinho e macio e tudo de bom... mas não me servia).
Até agora, todas as peças que tenho são simples, lisas, de uma cor só. No entanto, confesso que já comecei a olhar de forma mais tentadora para as peças mais "tchanam", com padrões mais irreversíveis. Ajudou o facto de ter ido a Espanha há uns meses e de ter percebido como é que elas fazem essas conjugações!
Arrisco-me a dizer que se poderia tornar num vício... Um vício muito complicado de alimentar. Ao menos é mais saudável do que o tabaco e só "consumo" duas vezes ao ano (nos saldos).

quarta-feira, 7 de março de 2018

Qualquer dia começo a mentir e digo que moramos juntos


Se eu recebesse 1€ por cada vez que alguém me diz algo como "mas porque é que não vais morar com o teu namorado?" / "então agora arranjaram uma casa os dois?", acho que já não precisava de trabalhar. Estaria bem na vida, com a quantia que já teria arrecadado.
E a seguir às questões, vem o "como não?" / "mas porquê?" / "isso não faz sentido nenhum" / "que parvoíce"... Ao início, ainda tentava explicar os meus motivos. Agora, só mesmo aos mais próximos e mesmo assim já me ando a fartar de responder sempre ao mesmo e de ter de me justificar por algo que não diz respeito a ninguém.
Fazer algo que vai contra o que se julga "normal" é sempre questionado. Tudo bem. Mas as pessoas gostam realmente de chatear, não gostam? Começa logo no Secundário, com o "então e já sabes que curso vais escolher?" e não param mais. Quando é que acabas o curso, então já estás a trabalhar, quando é que temos casamento, o primeiro filho vem quando, ah e agora precisas de ir buscar o mano, ...
Quando é que este ciclo acaba? Quando a pergunta for "então e quando é que assinas os papéis do divórcio?" ou "não tarda estás no lar, será que não é mais barato tratarmos já do funeral?"?
É que não há pachorra.

segunda-feira, 5 de março de 2018

#wannabeprogrammer

Claro que o meu local de trabalho não possui computadores desta marca... mas é pena xP

Olá, olá! Tenho andado desaparecida e um dos motivos é mesmo o facto de estar tão cansada quando chego a casa do trabalho, que só me apetece ficar a babar-me. Por isso tenho deixado este blogue ao seu próprio sabor... O da inércia.
Para vos contextualizar sobre o quão naba me tenho sentido no meu novo emprego, decidi começar uma espécie de rubrica - mais ou menos regular - chamada #wannabeprogrammer. A razão é simples: a minha formação base é em engenharia biomédica (sabe Deus o que eu percebo do assunto também), mas o meu trabalho é mais do género que imaginamos os informáticos a ter... Não é que eu não tenha capacidades para aprender o que tenho para fazer, mas demoro muito mais tempo.
Sem mais demoras, aqui vamos à primeira situação:

Estava eu a introduzir entradas numa base de dados, quando decidi perguntar se o campo "data" era definido automaticamente (com um valor default) ou se tinha de o preencher. O meu chefe respondeu-me o que eu entendi como:
- É só escreveres get eight entre parêntesis.
Fiz um olhar de confusão... Não percebi como é que um 8 iria resolver o meu problema. Decidi não perguntar, para não fazer figura de otária. Escrevi: GET(8), enquanto repetia na minha cabeça "get eight... get eight...". Foi então que uma iluminação desceu sobre mim e percebi que o que eu tinha percebido como "eight" era afinal "date" e que o que eu de facto tinha de escrever era GETDATE(). Fez MUITO mais sentido.