segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Quando o teu melhor amigo é o problema sobre o qual queres falar com o teu melhor amigo

[não se aplica, mas aplica-se]

Agora que vivo sozinha, passo muito tempo a ouvir programas / podcasts enquanto efectuo certas tarefas (limpeza da casa, lavar a louça). Um dos programas que ponho no Youtube é o Esquadrão do Amor... Já é antigo, mas como nunca vi muita televisão, o Canal Q também me passava ao lado.
Num dos episódios, ouvi o Carlão a falar duma conversa / discussão que tinha tido com uma ex-namorada, em que ela lhe dizia que estava mesmo muito chateada com ele, mas que era com ele que queria desabafar sobre isso. Porque ele era o seu melhor amigo.
E isto, meu Deus... É tão verdade quando se está numa relação boa. Há coisas que só queremos falar com aquela pessoa, porque precisamos de desabafar... Porque precisamos de bater naquela tecla. Mas o motivo de estarmos assim pode não nos querer ouvir a falar sobre isso. Ou será que, se não quiser, isso significa que afinal não é o nosso melhor amigo?
Eu sei, eu sei. Não é tudo assim tão linear. É apenas mais uma divagação... Que se aplica a qualquer relação de amizade profunda, não só a relações amorosas. Ou será que não se aplica a nada, coisa nenhuma? Às vezes, gostava de respostas mais concretas...

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Pontapé de saída

Passaram-se alguns meses desde que vim aqui, o que só prova que a Inércia tem funcionado bastante bem. Continuamente parada neste mundo (até este momento, em que tive de dar um grande impulso para vir aqui postar qualquer coisa), mas relativamente activa fora daqui (nem podia ser doutra maneira).
Desde que escrevi neste sítio pela última vez, muita coisa mudou. Há coisa de mês e meio, tornei-me oficialmente Mestre. Há um mês, mudei-me para fora de Lisboa para poder estar descansadinha num espaço exclusivamente habitado por mim. Comecei a frequentar o ginásio há pouco mais de duas semanas, o que para mim é uma grande conquista e uma luta constante.
No entanto, ao contrário do que poderia idealizar, sinto que o meu dia-a-dia continua igual a sempre. Não que o considere mau – não é isso, de todo. Apenas tenho medo da rotina perigosa em que me acostumo e me deixo estar confortável, sem capacidade para sonhar mais do que isso. Tenho o meu emprego das 9h às 18h, como já tinha. Tenho as minhas tarefas domésticas, como sempre. Tenho os fins-de-semana, agora um pouco mais livres em termos de responsabilidades, mas igualmente preenchidos em termos de afazeres, porque é a única altura em que posso estar com o meu namorado e/ou a minha família.

(...)

Este início de texto foi escrito a 1 de Agosto. Como se pode verificar, não tive capacidade (ou vontade) para o acabar. No entanto, às vezes sinto necessidade de divagar sobre temas e sinto que comunicar estes pequenos grandes marcos na minha vida podem servir como base para dissertações futuras. Sobre tudo e sobre nada. Aguardem-me... Por aqui, a inércia vence sempre. Para um lado ou para o outro.