Então e casas de banho no trabalho (num prédio empresarial) com bidé? Quero aquilo para quê? Para lavar o rabinho no trabalho? Para pôr os pés de molho? E depois limpo com a toalhinha de bidé que levo na mala? Mesmo que isto fosse sequer uma hipótese, quem é que quereria usar o mesmo bidé que toda a gente? Não têm espaço para pôr lá um balde do lixo, mas têm para pôr lá um bidé?
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terça-feira, 13 de março de 2018
sábado, 20 de janeiro de 2018
Olá, eu sou a i. e devo achar que sou mãe dos meus amigos
Apercebi-me (ou admiti a mim mesma) recentemente que nunca vou achar @s namorad@s d@s meus/minhas amig@s do coração totalmente perfeit@s (a não ser que sejam também meus/minhas amig@s... e mesmo assim não é de fiar... aliás, não, nem assim). Calculo que seja um sentimento parecido (não igual) ao de mãe, de protectora, de alguém que gosta incondicionalmente e que quer o melhor dos melhores para a pessoa em questão. No entanto, isto é algo difícil de gerir dentro de mim... São todos maiores de idade e eu não tenho de me meter na vida de ninguém. Nem o faço, a não ser que me perguntem directamente o que acho (nesse caso... é um pau de dois bicos).
Reparem que eu não disse que não gosto d@s namorad@s. O "problema" é que separo muito bem a parte da personalidade da parte do "és bom/boa namorad@". Uma das primeiras vezes em que senti isto foi em relação a um rapaz de quem eu gostava muito, achava que ele era uma excelente pessoa... Mas estava a fazer mal à minha amiga, ela estava infeliz. Também tenho casos opostos, em que se calhar pessoas com quem não me identifico são excelentes companheiros e é isso que importa.
Eu às vezes tento não ser assim. Tento pensar "é com eles, não tenho de pensar x ou y". Porém, é mesmo muito complicado... Não é difícil estar calada/mostrar boa cara, basta pensar que não queria que fizessem o mesmo comigo em certas ocasiões (eu tenho telhados de vidro). Mas é difícil pensar as melhores coisas de pessoas que tratam aqueles de quem eu gosto de forma injusta, de forma inferior à que eles merecem.
No entanto, há relações perfeitas? Vai haver mesmo alguém a não ter falhas? A não ter direito aos seus momentos maus? Às suas fraquezas? Eu sei que não. Eu sei que não é simples. Mas... Para os meus... Para aqueles de quem gosto mais do que qualquer coisa... Devia haver.
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
O meu filho é melhor do que o teu
Já repararam que a maior parte das mães (quero dizer "e pais", mas não tenho a certeza) tem desde cedo uma ideia muito errada dos filhos que tem em casa? Geralmente, isto varia em torno de dois pontos totalmente opostos, que se deveriam anular, mas que de alguma forma não o fazem e que dão alento às nossas queridas progenitoras.
Primeiro, consideram que somos desprovidos de cabeça, que não atinámos com a educação que nos deram, e que por isso somos seres altamente influenciáveis que vão atrás da conversa dos outros. Ao mesmo tempo, quando ouvem histórias dignas de protagonizar um American Pie (ou não, apenas que um qualquer adolescente gregou até lhe saltarem as entranhas), podem jurar a pés juntos que não somos iguais a todos os outros, somos melhores. Em que é que ficamos? Não sei, não consigo perceber.
A minha mãe revelou-me recentemente que, enquanto eu estive na faculdade, teve um receio enorme de que eu começasse a fumar (lol? E conheceres a filha que tens?). Por outro lado, também achou que eu não me embebedava (lol? E conheceres a filha que tens?). Não digo isto com qualquer tipo de orgulho, só que essa ideia de que "só os outros e os filhos dos outros é que são assim" é completamente errada.
Não estou a dizer que depois andam a apregoar este género de pensamentos aos sete ventos. Nem todas as mães gostam de esfregar estas coisas na cara dos outros (há algumas que gostam... e como eu conheço os filhos dão-me vontade de rir). Só digo que deveríamos pensar na possibilidade de termos telhados de vidro. Que se partem com muiiiiita facilidade.
Não estou a dizer que depois andam a apregoar este género de pensamentos aos sete ventos. Nem todas as mães gostam de esfregar estas coisas na cara dos outros (há algumas que gostam... e como eu conheço os filhos dão-me vontade de rir). Só digo que deveríamos pensar na possibilidade de termos telhados de vidro. Que se partem com muiiiiita facilidade.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Expliquem-me lá este hábito, se faz favor
Alguém me explica aqueles casais que não se largam, mesmo quando um dos elementos está a conduzir? Aquele encaixe de mãos constante ali na zona das mudanças ou no colo?
Lembro-me de ser pequena (criança, mesmo), ver pessoas a fazê-lo e não compreender o motivo. Entretanto cresci, e... continuo sem atingir. Não é suposto conduzir-se com as duas mãos? E, mesmo que não seja o caso, não é suposto ter-se as mãos preparadas para qualquer eventualidade?
Não vou ser hipócrita. Já dei a mão ao meu namorado, estando um de nós dois a conduzir. No entanto, 1) foi uma coisa momentânea, 2) foi a excepção e não a regra. E acreditem em mim, gosto muito de dar a mão, estejamos a andar ou parados. Mas... A conduzir?
Muito honestamente, preciso - por favor! - de uma explicação. Eu tento não julgar comportamentos alheios, mas depois há sempre algo que me faz abanar a cabeça em desaprovação...
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
É só para dizer que...
Pessoas que se acham a última bolacha do pacote e que nunca são capazes de descer do pedestal irritam-me. Está dito.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Da boa educação. Ou da falta dela.
Eu considero-me uma pessoa minimamente bem educada. Mesmo que, por vezes, não saiba regra de etiqueta x ou y, há coisas básicas e fundamentais que não dispenso. Saudar as pessoas em estabelecimentos ou dentro de prédios (numa grande cidade, dizer "bom dia" a todas as pessoas na rua é estúpido), agradecer, pedir por favor, sorrir... São coisas simples que não custam nada a ninguém.
Tendo nascido e crescido numa pequena aldeia do Alentejo interior, tenho perfeita noção de que o nosso background afecta muito a nossa maneira de estar na vida e que não somos todos obrigados a saber estar com preceito no restaurante chique e xpto. Mesmo assim, fui educada por pessoas simples e bem educadas, que muito prezo e respeito.
No entanto, sabem quando começam a notar numa mania duma pessoa e depois já não se conseguem abstrair disso? Reparei que o meu avô (pessoa extremamente bem educada), quando chega a casa, não diz olá, bom dia, nada. Se só estiverem pessoas "da casa", não abre a boca!! Eu bem que forço e quase grito um "boa tarde", mas ele ignora-me. Eu percebo, está cansado e nós somos família... Mas custa assim tanto dizer qualquer coisa?
Dizem que burro velho não aprende e o meu avô está a um mês dos 82 anos. Não vou conseguir fazer nada dele, pois não?
sábado, 18 de novembro de 2017
Devaneios de quem ouve rádio no carro
Nos últimos tempos, tenho andado mais de carro e isso faz com que pape vários programas de rádio. Por isso mesmo, vou estando a par das músicas mais in do momento, o que tem a sua utilidade... e terror. Há com cada musiquinha que valha-me-Deus.
Como já estava farta das kizombadas da RFM (tenho fases em que tolero melhor), voltei à Comercial. No outro dia, enquanto ouvia esta estação, dei por mim a pensar "epá, parecem mesmo as vozes dos Anjos". E não é que eram MESMO as vozes dos Anjos?? Na Comercial, senhores!!! O mundo da música está perdido, não está?
A rádio fez também com que eu desenvolvesse um ódio feroz em relação ao Diogo Piçarra. Aquela voz esganiçada dá-me cabo da cabeça... No entanto, com a sua participação na música Trevo (de que gosto muito), percebi que afinal até poderia gostar dele. Só precisava meeeeesmo que ele não fizesse falsetes e músicas de merda (o meu pedido de desculpa aos fãs).
Mas giro, giro é quando me apercebo que o carro que estou a conduzir está sem rádio e só aceita CD's, sendo que o único disco que ali se encontra é de cante alentejano. Vou só ali pôr uma boina e arranjar um cajado, que já estou pronta para ir para o grupo coral...
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Birras
Não sei muito bem por que razão, hoje comecei a falar com a minha mãe sobre birras e sobre as boas palmadas que apanhei no lombo. Dizia a minha mãe que, sempre que eu voltava de casa do meu pai (se fosse por muito tempo ainda pior), vinha possuída e passados 10 minutos já estava a apanhar. Eu sei que era uma criança minimamente bem comportada, mas realmente também fazia das minhas...
Como ontem vi o vídeo da Cocó sobre birras, partilhei com a minha mãe que o pediatra tinha dito que a solução para as birras não era bater (apesar de concordar com essa acção em determinados contextos), mas sim ignorar e - aconteça o que acontecer - não ceder. Pode ser complicado, principalmente em público, mas não é nada bom se a criança perceber que essa chantagem emocional das birras em público resulta.
A minha mãe riu-se, a pensar em como ela própria nunca cedia, por mais ridícula e desmedida que fosse a minha "fita". Riu-se ainda mais a relembrar uma das minhas mais famosas birras (da qual não tenho memória) em que, segundo ela, eu chorei e gritei de forma louca durante todo o tempo em que estivemos numa feira. Eu queria um microfone que a minha mãe não me quis comprar e, estava de tal forma descontrolada, que a minha avó só lhe dizia "ai que lhe dá uma coisa! A menina vai ter um ataque!".
Toda a gente ficou a olhar para mim? Claro. Eu ou a minha mãe ficámos traumatizadas com o assunto? Nem por isso. Há necessidade de ceder às birras dos meninos, dar-lhe o que eles querem e criar filhos mal-habituados? Não me parece. [diz a pessoa sem filhos que ainda não teve de passar por isso, mas espero não mudar a minha opinião]
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Sai um arroz de pato para a mesa ao lado do Eusébio!
Ora então já temos nova revolta das redes sociais! Parece que o jantar da Web Summit no Panteão Nacional está a levantar ondas. A minha primeira reacção foi pensar "oh là là, quem me dera!" (já viram bem aquele requinte?) e a segunda foi rir-me ao imaginar-me a comer num cemitério ou num memorial à segunda guerra mundial (quão drástica?).
Vamos por partes. Os organizadores do evento já vieram pedir desculpas, explicando que têm um conceito diferente de morte e deixando claro que não quiseram ofender os portugueses. Aplaudo a reacção, perante tantas virgens ofendidas... Mas qual era a necessidade? Limitaram-se a pagar por um serviço que é oferecido, que está previsto pela nossa lei. E é aqui que reside o problema... Somos um país cujos valores permitem a realização deste tipo de eventos num local de culto? Talvez não.
Pessoalmente, não vejo problema. O Panteão Nacional tem o objectivo de homenagear figuras portuguesas de excepcional valor e, na minha perspectiva, os eventos associados seguiriam a mesma linha de raciocínio. Mas eu sou eu... E olhando para os portugueses, de facto não vejo que haja esta identificação. Temos um respeito muito grande em relação à morte, possivelmente devido às nossas crenças religiosas, e as nossas regras e leis deveriam ser um reflexo disso mesmo.
Se há a necessidade de tamanho ressabiamento? Não me parece. Mas do que não há MESMO MESMO necessidade é de os políticos se virem agora armar em bonitos. Temos o ex-Secretário de Estado que permitiu isto a dizer que há eventos mais adequados do que outros (não percebo a definição) e temos o próprio Primeiro Ministro a dizer que é indigno. Suuuure, como se não soubesses do que se ia passar...! Tal como, alegadamente, não sabia do jantar promovido pelo Turismo de Lisboa quando ele próprio era Presidente da Câmara de Lisboa. Que engraçado... (e conveniente)
Politiquices (que nem me interessam muito neste aspectos) à parte, se os jantares no Panteão vão ser proibidos (não que eu soubesse antes que eram autorizados), tenho pena de ter perdido a oportunidade para dar lá um saltinho e comer um croquete com o Garrett. Como eu nunca lá fui (isso sim, é problemático), teria sido uma excelente oportunidade para juntar o útil ao agradável...
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Problemas geracionais
Nos últimos dias, os olhos de Portugal e do mundo têm incidido na Web Summit, que decorreu em Lisboa. Eu poderia vir de falar de tecnologia ou das noites de trânsito caótico devido ao evento, mas o que quero mesmo referir é o trabalho de voluntário de inúmeros jovens. Eu não sou velha do Restelo, não acho que é tudo "se eu estou aqui a dar o meu tempo, paguem-me". Mudam-se os tempos e as vontades têm de se adaptar...
Aliás, fui voluntária em vários eventos. O que me vem mais facilmente à memória é a Noite Europeia dos Investigadores. Em Portugal não há dinheiro para os investigadores em si, quanto mais para pessoas que estão a encaminhar pessoas num museu, num evento totalmente grátis! Na altura, encontrei um professor que perguntou se estávamos a ser pagos para o efeito... Ele "passou-se" quando disse que não, disse que não fazia sentido, que nunca o aceitaria. Mas a verdade é que há eventos assim, que não têm um grande financiamento (nem lucros) e que com o trabalho de jovens interessados (e inocentes! ahah) podem ser melhores.
No entanto, nada deste pensamento se aplica à categoria em que a Web Summit se insere. Estamos perante o maior evento de tecnologia do mundo... E a quantidade de gente (jovens, na sua maioria) que se submete a 4 dias de trabalho (mais ou menos) intensivo sem ser paga choca-me. Eu, há 2 ou 3 anos, se calhar pensaria o mesmo... "Que oportunidade fantástica, estar ali sem ter de pagar!!". É verdade, mas estás a prestar um serviço em que há orçamento para te pagar. Nem que fosse com base no ordenado mínimo, não estou a dizer para pagarem fortunas... Mas li uma notícia de um voluntário a dizer que, pelo trabalho que fazia, estava a ser pago a preço de ouro; outros a dizer que tinham tirado folga dos seus empregos para se voluntariarem... Mas estão doidos?
A nossa geração é totalmente explorada e, em vez de queixas e revoltas, tudo é visto como "uma grande oportunidade". Seja pelo trabalho voluntário que enriquece o currículo, seja pela empresa que te paga 1000€ para trabalhares 60 horas semanais sem te queixares... Enfim. É daqueles ciclos viciosos (para o qual contribuo) que não sei como pode ser quebrado.
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Insta chatas
É um facto mais do que provado que eu adoro o instagram - por vezes até demais. Gosto nos dois sentidos: no de publicar fotos que façam (mais ou menos) sentido com o meu "instante" e de ver as fotos dos outros. Sigo amigos, colegas, bloggers, páginas engraçadas e de viagens. Normalmente só aceito pessoas que conheço, porque partilho bastante da minha vida privada...
Sou capaz de perder algum tempo a scrollar e a pôr likes. Fico roidinha com fotografias em sítios lindos e com comidinha boa, mas também adoro ver fotos simples do dia-a-dia. O meu "vício" é tal que, quando não tenho assim tanto com que me actualizar, vou para aquela parte da pesquisa ver fotos aleatórias que me interessam.
No entanto, também nesta rede social há flagelos, como não poderia deixar de ser. E quem são esses flagelos? Aquelas pessoas que não têm noção nenhuma de como usar a aplicação em questão e põem 10 fotos seguidas da mesma coisa. Epá, já percebi, a vista é bonita e queres vincar isso... Mas já chegava. À quarta foto igual, já eu estou a bocejar.
Eu não sou nenhuma "nazi" do insta (como conheço alguns, que "ai que hoje já publiquei uma foto, já não pode haver mais" ou "a esta hora não é boa hora para se publicar"). Não é nada disso. Estou a falar de pessoas que vão à praia e que, nesse dia, publicam 9 fotos seguidas. Agora mais areia, agora mais mar, agora a apanhar mais céu... BOOOOORIIIIIIIIING! Next!
Um ser que sigo no instagram, conseguiu a proeza de publicar 31 fotos seguidinhas. Assim, pimbas, uma atrás da outra. E não, não é alguém que vive da fotografia... As fotos perderam todo o interesse que poderiam ter, por muito bonitas que fossem (não eram). Em relação a essa mesma pessoa, numa viagem que fez, eu ponderei seriamente deixar de a seguir... E porque não o fiz? Por respeito. Por ser uma pessoa fofinha. Mas totalmente sem noção...
Por isso, pessoas: num dia muito especial, eu aceito 5, 6 fotos. Até vou ficar muito feliz de as ver. Mas essas 5 ou 6 não podem ser da mesma coisa, está certo? A i. agradece.
P.S. Agora que penso nisso... Se não se conseguem decidir e quiserem pôr 30 fotos da mesma coisa (ainda estou traumatizada), o instagram até já tem a funcionalidade de postarem mais do que uma foto na mesma publicação! Assim, se eu me cansar de deslizar para o lado na vossa, é só continuar a fazê-lo para baixo. Simples para toda a gente, ein?
Sou capaz de perder algum tempo a scrollar e a pôr likes. Fico roidinha com fotografias em sítios lindos e com comidinha boa, mas também adoro ver fotos simples do dia-a-dia. O meu "vício" é tal que, quando não tenho assim tanto com que me actualizar, vou para aquela parte da pesquisa ver fotos aleatórias que me interessam.
No entanto, também nesta rede social há flagelos, como não poderia deixar de ser. E quem são esses flagelos? Aquelas pessoas que não têm noção nenhuma de como usar a aplicação em questão e põem 10 fotos seguidas da mesma coisa. Epá, já percebi, a vista é bonita e queres vincar isso... Mas já chegava. À quarta foto igual, já eu estou a bocejar.
Eu não sou nenhuma "nazi" do insta (como conheço alguns, que "ai que hoje já publiquei uma foto, já não pode haver mais" ou "a esta hora não é boa hora para se publicar"). Não é nada disso. Estou a falar de pessoas que vão à praia e que, nesse dia, publicam 9 fotos seguidas. Agora mais areia, agora mais mar, agora a apanhar mais céu... BOOOOORIIIIIIIIING! Next!
Um ser que sigo no instagram, conseguiu a proeza de publicar 31 fotos seguidinhas. Assim, pimbas, uma atrás da outra. E não, não é alguém que vive da fotografia... As fotos perderam todo o interesse que poderiam ter, por muito bonitas que fossem (não eram). Em relação a essa mesma pessoa, numa viagem que fez, eu ponderei seriamente deixar de a seguir... E porque não o fiz? Por respeito. Por ser uma pessoa fofinha. Mas totalmente sem noção...
Por isso, pessoas: num dia muito especial, eu aceito 5, 6 fotos. Até vou ficar muito feliz de as ver. Mas essas 5 ou 6 não podem ser da mesma coisa, está certo? A i. agradece.
P.S. Agora que penso nisso... Se não se conseguem decidir e quiserem pôr 30 fotos da mesma coisa (ainda estou traumatizada), o instagram até já tem a funcionalidade de postarem mais do que uma foto na mesma publicação! Assim, se eu me cansar de deslizar para o lado na vossa, é só continuar a fazê-lo para baixo. Simples para toda a gente, ein?
sábado, 14 de outubro de 2017
Tapa-te, filha
A minha avó é um amor. É uma velhota como há poucas na minha terra... Não se mete na vida dos outros, não gosta de estar à porta a ver quem passa. Conversas que não levam a lado nenhum aborrecem-na. Enfim... Ela faz a vidinha dela e deixa os outros fazer a deles.
Mas - claro que havia um mas - isto é tudo muito bonito, de não se meter na vida dum e doutro, mas há que haver respeito. E, havendo respeito, é necessário que a indumentária das pessoas assim o transmita. Na prática, ela até nem quer saber dos de fora... Nunca a ouvi dizer "olha para aquela toda despida", ou "olha para aquela de mamas à mostra". Agora comigo e com a minha mãe... Comigo e com a minha mãe é diferente!
Com a minha mãe, ela é muito pior, tanto por ser mais velha, como por ser filha. Eu já estou mais distante, já sou mais "moderna", desculpa-me mais. Agora a minha pobre mãe sofre com a sua mãe... Sofre, sim, porque eu não estou a falar de roupas ridiculamente curtas ou decotadas. Não, não, não. A maior ofensa para a minha avó é pura e simplesmente mostrar os ombros.
Qualquer blusa de alças - ainda que daquelas alças largas - é completamente censurada se não houver um casaco / camisa / qualquer coisa que o valha a tapar. Se eu tiver uns calções curtos e uma t-shirt? Tudo bem. Se eu tiver algo que me cubra até aos pés, mas os ombros destapados, pareço uma prostituta. Não, ela não me diz isto com todas as letras... Mas anda lá perto. (ou se calhar até já me disse e eu não liguei, ela é um bocado asneirenta)
Eu tenho três abordagens quando quero usar camisolas assim: 1) rio-me e faço o que quero; 2) visto um casaco até entrar no carro e depois disso ela não faz ideia; e 3) (que adoptei mais recentemente) saio de casa à pressa e só digo "tchau, até logo!" sem lhe dar tempo de me olhar com atenção.
Se eu podia confrontá-la mais com o assunto como já fiz no passado? Podia. Mas vale a pena? Ela tem quase 85 anos e os ideais dela não vão mudar. Assim ficamos todos felizes.
Mas - claro que havia um mas - isto é tudo muito bonito, de não se meter na vida dum e doutro, mas há que haver respeito. E, havendo respeito, é necessário que a indumentária das pessoas assim o transmita. Na prática, ela até nem quer saber dos de fora... Nunca a ouvi dizer "olha para aquela toda despida", ou "olha para aquela de mamas à mostra". Agora comigo e com a minha mãe... Comigo e com a minha mãe é diferente!
Com a minha mãe, ela é muito pior, tanto por ser mais velha, como por ser filha. Eu já estou mais distante, já sou mais "moderna", desculpa-me mais. Agora a minha pobre mãe sofre com a sua mãe... Sofre, sim, porque eu não estou a falar de roupas ridiculamente curtas ou decotadas. Não, não, não. A maior ofensa para a minha avó é pura e simplesmente mostrar os ombros.
Qualquer blusa de alças - ainda que daquelas alças largas - é completamente censurada se não houver um casaco / camisa / qualquer coisa que o valha a tapar. Se eu tiver uns calções curtos e uma t-shirt? Tudo bem. Se eu tiver algo que me cubra até aos pés, mas os ombros destapados, pareço uma prostituta. Não, ela não me diz isto com todas as letras... Mas anda lá perto. (ou se calhar até já me disse e eu não liguei, ela é um bocado asneirenta)
Eu tenho três abordagens quando quero usar camisolas assim: 1) rio-me e faço o que quero; 2) visto um casaco até entrar no carro e depois disso ela não faz ideia; e 3) (que adoptei mais recentemente) saio de casa à pressa e só digo "tchau, até logo!" sem lhe dar tempo de me olhar com atenção.
Se eu podia confrontá-la mais com o assunto como já fiz no passado? Podia. Mas vale a pena? Ela tem quase 85 anos e os ideais dela não vão mudar. Assim ficamos todos felizes.
terça-feira, 26 de setembro de 2017
A diferença é uma coisa boa
Já aqui referi diversas vezes o assunto igualdade. Felizmente, é algo que está em permanente discussão na nossa sociedade e penso que caminhamos para um mundo melhor nesse sentido. Mesmo que, por vezes, não seja possível dar passos de gigante, muitos passinhos de bebé juntos também nos levam a algum lado.
No entanto, esta é uma luta que por vezes se torna perigosa. Recentemente, tivemos a proposta de separar géneros/sexos (nem sei) nos transportes públicos em Portugal. Claro que foi apenas uma deixa infeliz, não vale a pena pensarmos muito nisso, dado que a única forma de resolvermos um problema é irmos à sua raiz. Como diz uma das minhas amigas (e agora estamos sempre a usar este exemplo), colocar um pano por cima da mesa rachada para esconder que está quebrada não resolve nada.
O assunto que me moveu a escrever isto é de igualdade, sim, mas não das mulheres. Vi recentemente este vídeo sobre a Síndrome de Down e se, ao início, fiquei "ohh, pois é", no minuto a seguir a minha opinião mudou. Sim, o mote - que implica que estes indivíduos não precisam de necessidades especiais - está errado, a meu ver.
O final do vídeo explica que, no fundo, pessoas com esta condição genética apenas precisam de educação, trabalho, amizade e amor - tal como todos nós. Isto é absolutamente verdade e eu concordo, mas isso não significa que eles não precisam de adaptações especiais, mas adaptações e "desigualdades" que tenham uma conotação positiva e que lhes permitam ter, de facto, as mesmas oportunidades que as pessoas que não nasceram com esse problema.
De acordo com a página portuguesa da Wikipedia:
O progresso na aprendizagem é também tipicamente afectado por doenças e deficiências motoras, como doenças infecciosas recorrentes, problemas no coração, problemas na visão (miopia, astigmatismo ou estrabismo) e na audição.
Queremos mesmo defender que não há diferenças? Vamos integrar pessoas com Síndrome de Down em turmas normais sem nenhum apoio extra? Vamos fazê-los passar pelo mesmo processo de selecção de um emprego, sem os proteger das suas características naturais? Porque, desculpem, de facto são pessoas que nasceram com mais um cromossoma do que eu e que isso os afectou de diversas maneiras e não devem ser prejudicados por isso.
Dentro da mesma doença, haverá diferentes graus de gravidade e complexidade, mas isso já é outra história. Se as entidades competentes para o assunto os considerarem "normais" (não quero ferir a susceptibilidade de ninguém ao dizer normais, mas foi o que se arranjou), então qualquer "necessidade especial" deixa de fazer sentido.
É verdade que sou uma privilegiada, na medida em que nasci caucasiana, na Europa e, até ver, heterossexual. Os problemas de saúde que tive na vida não me influenciariam (penso) numa entrevista de emprego. A minha única "fraqueza" nestas questões da igualdade é que nasci mulher e isso ainda tem algum (muito) peso. Ainda assim, mesmo com estes "privilégios", tenho direito à minha opinião de que estamos a caminhar num piso muito sensível, no sentido em que qualquer coisinha inocente é considerada uma ofensa e um problema.
Se sou pela igualdade? Sim, sempre, mas sem esquecer as características individuais de cada um de nós. A diferença é uma coisa boa. Se for respeitada, claro.
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Vamos "descomplexar" a questão
Já fui uma pessoa com alguns complexos. O maior de todos eles estava na cara - é o meu nariz - e uma pessoa aprende a lidar com isso. Até porque não pertenço a uma cultura em que as mulheres usam burca (e ainda bem). Aceitar as imperfeições que (sinto que) tenho é meio caminho para estar mais feliz. Isto para dizer que, apesar de ter os meus dias em que não gosto do que vejo ao espelho (em diversos aspectos), também estou longe de ser uma pessoa complexada.
Ainda assim, não gosto de realçar certas zonas do meu corpo e gosto de me sentir confortável. Isto, muitas vezes, é confundido com "não gosto do meu corpo e tenho problemas com isso". Por exemplo, há uma coisa que me irrita muito em blusas mais largas que são decotadas - estão sempre a cair. Isso deixa-me desconfortável. Porque 1) não quero mostrar as mamas, 2) o tecido no sítio errado é mesmo desconfortável (literalmente), não é apenas uma mania que eu tenho de me "tapar". Há duas soluções: usar um top por baixo, se a peça de roupa em questão o permitir, ou não comprar algo que à partida já sei que não vai resultar comigo. É que - verdade seja dita - as minhas ditas não são muito grandes, pelo que nem todas as coisas resultam. Ou porque não segura, ou porque não fica bem, ou porque não serve. Porque sim, há peças que são mais adequadas a certos tipos de corpos e, se aceitarmos isso, ficamos em paz e tranquilidade com o que usamos.
Claro que de vez em quando uma pessoa gosta de sair um bocadinho da zona de conforto, de usar uma coisa assim mais "uau". Posso-vos dizer que este ano não usei mini-saias porque as minhas estavam-me apertadas e não calhou comprar outras, mas no ano passado usei muito uma que saía bastante daquilo a que eu estava habituada e adorava-a na mesma. Ainda assim, havia situações em que não a usava, por não ser confortável estar sempre preocupada em não mostrar o rabo (sim, era mini a esse ponto). Agora, sair totalmente da zona de conforto e sentir-me mal constantemente só para usar uma peça de roupa? Para quê? Não vejo a roupa dessa maneira.
Outro factor que faz as pessoas pensarem que eu não me quero mostrar: quando estou na praia, estou muitas vezes vestida (nem que seja com uma t-shirt). A razão não poderia ser mais simples: tenho frio (ou sinto que me estou a queimar, mas normalmente é frio). Eu sou uma pessoa muito branca, pelo que me é conveniente ficar debaixo da sombrinha mais tempo. E, surpresa!, às vezes está frio à sombra, o que me faz vestir uma t-shirt. Complexos? Só se for por achar que sou feia com frio.
Lembrei-me de escrever este texto porque, no meu feed do facebook, vi que alguém mudou a foto de perfil para uma em biquíni, em que as mamas da menina estão muito evidenciadas. Mais uma vez, já fui acusada de complexos por não querer tirar/publicar fotos do género. Em relação à foto da rapariga: está bonita? Sim. Ela sente-se confortável com isso? Pelos vistos, sim. Então tudo bem. Mas, numa altura em que isto é super aceite, não persigam quem não quer fazer o mesmo. Vivemos numa altura em que temos de aceitar tudo - e ainda bem - e acabamos a perseguir quem parece não aceitar, só por não agir dessa forma.
Se eu quiser andar tapada, aceitem-me por favor. Se eu quiser andar destapada? Também.
sábado, 16 de setembro de 2017
Das músicas estúpidas. Que ficam na cabeça. Damn.
Os D.A.M.A. não precisam de grandes apresentações. Mesmo quem afirma odiar, já cantarolou "e ela diz que não dá, não dá, não dá, não dá", "às vezes não sei o que queres e digo ok", "eu não sei o que é que te hei-de dar". Tive de ir ao youtube verificar, porque assim de repente não me lembrava dos hits, mas claro que cantei isto inúmeras vezes e que me lembro bastante bem das letras. Depois veio também aquela que pergunta "pediste-me tempo para quê"... e outras que tais.
Eu confesso que tive uma fase, há dois ou três anos, em que gostava muito de uma música deles, a Luísa (mas se não tivesse visto agora no youtube já não me lembrava... marcou-me muito, como se vê). Enfim, são aquela banda que uma pessoa ouve na rádio e fica contente a abanar a cabeça e a cantar umas partes, mas não passa muito disso.
Mais recentemente, começou-se a ouvir o novo hit - Pensa Bem, com o ProfJam. Ouvintes distraídos - a maior parte que ouve esta canção, portanto - fica com o "agora pensa bem se não te faço falta, agora pensa bem" na cabeça e não pensa mais nisso (mas a música diz para pensarem bem!).
Ora, assim à primeira vista (ou audição), ficando só com o refrão na mente, o que é que se interpreta daqui? Pensa lá bem se eu não te faço falta, porque o que eu sinto por ti é muito especial e tu tratas-me assim. Eu quero-te do fundo do meu coração e sinto que não te faço falta. Pensa bem no que queres, porque eu estou aqui... A entregar-me assim para ti. Qualquer coisa assim, não?
Pois... Não. Nada disso. O oposto. Ora vamos lá analisar algumas partes:
Ai se ela soubesse
Na verdade o que eu quero dela
Não é amor daquele de novela
É dos que aquece e não arrefece
Epá, que romântico! Ai se ela soubesse que na verdade eu só lhe quero saltar para a cueca, que no fundo não me faz suspirar nem um bocadinho. Ná. Nada. Não sinto nada.
Ela 'tá dentro mas eu 'tou naquela
De só a querer quando estou com ela
E ela diz que quer mais
Diz que quero também
"kasha tens que assentar, encontrar alguém"
Ela não faz ideia
Ela não faz ideia
Pobrezinha. Não faz ideia, mesmo. Quando estou com ela, até topo o esquema, 'tás a ver? Uma pessoa diverte-se e tal. Mas é só isso, mesmo. Ela quer mais... E até acha que eu quero também. Diz que eu tenho de assentar... E acha que vai ser com ela!!! Lol. É engraçada, a miúda.
Dizes que me tens mas sabes que é mentira
Pensas que és tu que me tens na tua mira
Oh, rapariga... Tu sabes que isto não passa daqui, não sabes? Ingénua.
Se não me cansas não te deixo
Pedes que te minta eu só peço que me aceites
Se sim 'tá-se bem se não 'tá-se bem também
Se não me chateares a cabeça, estamos numa boa.
No geral, é isto. Então... E qual é o problema? É só uma música, não podiam ser todas de amores e desamores, com sentimento. Pois, está certo... O único problema é que eu acho a música MESMO estúpida, mas ao mesmo tempo não sou capaz de ficar indiferente. Abano-me enquanto canto de forma estridente "ela não faz ideeeeeia, ela não faz ideia", fico com o "agora pensa bem" na cabeça... Damn, D.AM.A. Não tinham o direito de fazer isto comigo. Não com a vossa música estúpida!
Ainda se estão a rir? Isto não tem piada.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Mais modas
Por falar em modas parvas... Alguém me explica a invasão destas mochilas horrorosas pela Europa assim em geral, por Portugal em particular? Eu bem via as pessoas na Suíça com isto, mas digamos que lá eles têm dinheiro para gastar em porcaria. "O quê? Vi uma mochila pequeníssima e mesmo feia por quase 100€? Eu posso, eu compro". A Europa Central (e a Nórdica) pode fazer isso, nós... Pelos vistos também podemos.
É verdade que na nossa altura (e agora também, penso), as Eastpak também eram bem caras (40-50€) e os modelos básicos não eram nada de especial (apesar de eu gostar muito daquele formato). Por isso, aceitaria se me dissessem:
- i., eu adoro a versatilidade destas mochilas e duram-te 20 anos (estou a inventar números, atenção). O preço faz todo o sentido.
Mas... Aquilo é minúsculo em comprimento! Sabem aquelas capas de elásticos em que pomos folhas soltas lá dentro? Estou desconfiada de que não cabem.
- Epá, mas eu só uso cadernos A5 e duas canetas.
Ah, então está bem. Compra lá a tua mochila horrorosa por 90€.
Adenda: isto era super hipster há uns anos e eu tenho uma vaga ideia de ver estas mochilas conjugadas naquele estilo mais descontraído-chill-e-tal-e-coiso. Mas na altura eu não pensava que o preço desta mochila poderia ultrapassar os 15€. Ingénua.
domingo, 3 de setembro de 2017
Carta aberta aos bloggers profissionais
Caros bloggers profissionais [que sei que não vão ler esta publicação],
Em primeiro lugar, quero dar-vos os meus parabéns pelo excelente blogue que têm. Sim, cada qual à sua maneira, se são profissionais numa coisa que começa como um hobby, é porque são bons naquilo que fazem.
Em segundo lugar, se começaram o vosso blogue para ganhar dinheiro, possivelmente este post não é para vocês, porque eu nunca tive a oportunidade de ler textos genuínos, desprovidos de qualquer interesse, que me fizeram ficar e ler-vos regularmente. Parecendo que não, já tive o meu primeiro blog há uns bons 8 anos e, nessa altura, ser blogger não estava na moda.
Em terceiro lugar, os meus blogues preferidos continuam a ser os mais pessoais. Mais ou menos privados. Sem grandes alaridos. Mas sou na mesma leitora assídua de alguns blogues ditos grandes.
Agora que já esclareci isto, vou passar ao que interessa.
Eu sei que estamos no Verão (quase no fim, ein?) e que o país (e talvez o mundo) param um pouco nesta altura. Já sabemos que tudo funciona a meio gás, porque todos nós temos direito a férias e a algum descanso. Certo. Agora, o que não está certo é deixarem os vossos leitores a ressacar por mais, durante tempos sem fim. Meus amigos, a culpa é vossa: vocês habituaram-nos mal. Habituaram-nos a ter ali material à disposição numa base regular. Querem tirar-nos tudo assim de repente? Não dá.
Até porque - pasmem-se - vocês não são médicos. E o que quero eu dizer com isto? Eu não preciso da vossa presença real para ler os vossos textos. Já ando nisto há uns tempos, sei que dá para agendar posts. Isso mesmo! Agendar! Uau, que fantástico! Se isto é o vosso ganha pão, seria pedir muito assim uns dois ou três posts por semana? Só assim para enganar a fome.
Reparem que eu não digo isto para vosso mal e porque quero que vivam para mim. Não, senhor. Sou uma grande defensora das vossas causas. Até sei que vocês têm vida própria e que nós não temos nada a ver com isso!! Grande lição, ein? Fiz o trabalho de casa. Não vou negar que gosto de cuscar a vossa vida... Até porque normalmente vocês têm fotos lindas de outfits maravilhosos, restaurantes de criar água na boca e viagens brutais. E eu gosto de consumir isso tudo, até de blogues que não leio (lá está, os que começaram já com outra intenção).
E por falar em viagens... Eu sei que não é tudo por estarem de papo para o ar. Sei que é uma profissão (seja em full ou part-time) que exige viajar a convite de marcas para divulgarem os seus produtos e serviços. Mas... Se fazem essas ditas viagens, QUE TAL PARAREM PARA ESCREVER UM BOCADINHO SOBRE ISSO ANTES DE PARTIR PARA OUTRA VIAGEM? Desculpem a agressividade, mas se eu sigo os vossos blogues é porque gosto de LER. Se quisesse só ver fotografias, se calhar virava-me para books fotográficos... Não sei, só assim naquela.
Posto isto, e agora que as férias já estão a acabar, voltem lá a dar-me o que eu quero, se faz favor. Mesmo que voltem a meio gás, é melhor do que nada. E tirem daqui uma lição para os próximos anos. Porque se eu começar a dar nas drogas pesadas para tentar compensar este vazio, é bom que fiquem com peso na consciência.
Com muito amor,
i.
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Atrasos
Eu sou uma pessoa qb relaxada com horários, no que às minhas coisas diz respeito. No entanto, não sei se devido à educação que tive ou se à minha maturidade, quando envolve terceiros e principalmente "serviços", não consigo ser assim. Tento ser o mais pontual possível e, quando não consigo, sinto-me mal. Claro que há situações em que não tem mal nenhum... E, com pessoas próximas, podemos avisar previamente para evitar que alguém fique à nossa espera.
Como estava a dizer, em vários tipos de serviços (nomeadamente médicos, cabeleireiros e esteticistas), fico mesmo paranóica. Claro que eu já sei que, muito provavelmente, quem vai ficar lá uma vida à espera sou eu... Mas também já me aconteceu chegar e ser logo atendida, por isso não posso admitir que vou ter de esperar.
Normalmente, eu até desculpo as "falhas" dos ditos profissionais... Há outros clientes que se atrasam (a minha cabeleireira tinha as três irmãs de uma noiva marcadas para as 7h da manhã do passado sábado e só lá apareceram às 8h30, claro que atrasou tudo e todos, já para não falar de que ela foi para lá de propósito para nada), há um que demora mais, há uma emergência... Coisas acontecem.
Agora, se eu faço este esforço, não consigo tolerar que os próprios profissionais se atrasem e atrasem a vida de toda a gente. Lá porque têm uma profissão de atendimento ao público, porque as pessoas precisam deles, isso não lhe dá o direito de aparecer às 10h em vez de aparecer às 9h. Muito pelo contrário! O cliente não o despede, mas depressa se pode deixar de tornar cliente e de não o recomendar a ninguém. Eu costumo dizer que, claramente, são pessoas com um lugar privilegiado, que sabem que não vão perder o ordenado fixo, e por isso pouco se esforçam.
Numa altura em que arranjar emprego é tão complicado, não sei como é que há gente que se dá a este luxo. Sim, isto é um luxo...
domingo, 18 de junho de 2017
Pãezinhos sem sal, é o termo
Chamem-me nomes, atirem-me pedras, façam o que quiserem... Mas há certos blogues que lia e deixei de ler por serem tão - como é que hei-de dizer? - pãezinhos sem sal. Pois é. Ou porque são demasiado cor-de-rosa e a vida não é assim tão perfeita, ou porque estão sempre a falar do mesmo e uma pessoa deixa de ter paciência para ler apenas umas variações... Claro que há alturas em que estamos mais num determinado modo, porque a nossa vida está mais para aí virada, mas isso e tornares-te aborrecido (especialmente a longo prazo) é bem diferente.
Falo em blogues como podia falar na vida real. Quantas e quantas vezes não nos deixámos de identificar com algo ou alguém? Às vezes é muito triste de admitir, mas acontece, as pessoas evoluem em direcções diferentes. E isso é totalmente ok. Com os blogues é o mesmo... Não gostamos de seguir algo com a qual não nos identificamos, que não nos causa um bom momento, que não nos acrescenta em rigorosamente nada. Afinal de contas, isto é um hobby como outro qualquer...
Nota 1: estou plenamente ciente de que isso pode acontecer a outras pessoas em relação ao meu blogue.
Nota 2: se estás a ler isto, há uma grande probabilidade de isto não ser sobre ti... Não tenho conhecimento de ser seguida pelos bloggers que me fizeram sentir isto. Alguns são demasiado "grandes" para isso.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Conhecer: uma dissertação. Kidding. São só pensamentos vagos
O meu estado actual, de ansiedade e stress, faz-me pensar demasiado na vida quando estou no autocarro. As minhas viagens passam-se entre ler um livro (ando demasiado cansada para isso), ligar à minha mãe (quando estou assim em modo rabugenta, em vez de falar com ela, reviro os olhos a tudo o que ela me diz e desligo) e mandar mensagens no facebook / whatsapp. Se nenhuma dela se verifica, facilmente me perco em pensamentos que podem ser de dois tipos: 1) profundos, sobre sentimentos, sobre a vida; 2) sobre tudo aquilo que tenho a fazer e não sei como e agora estou presa no autocarro e não posso fazer nada. Às vezes os dois tipos de pensamentos sobrepõem-se.
Hoje, houve um bocadinho de tudo. Não sei muito bem de onde, comecei a pensar no acto de conhecer uma pessoa. Seja no trabalho, numa saída, no ginásio, porque é amigo de amigo, na Internet... Enfim, não interessa. Conhecer. Não só aquele momento de "olá, sou a i., prazer em conhecer-te", mas todos os que se seguem. Tudo o que de facto te leva a consolidar o facto de realmente conheceres alguém, e não de teres visto apenas uma vez.
E no que é que eu pensei? Que somos frágeis em relação a isto. Se acabámos de conhecer a pessoa, que background é que temos para saber se tudo o que nos diz é verdade? Se for uma pessoa que nos cativa, de uma forma ou de outra, como é que temos a certeza que não estamos a ser atraídos por uma identidade falsa, por algo completamente vazio?
A resposta, meus amigos, é: não sabemos. Não sabemos, mas mesmo assim temos de confiar. Temos de acreditar que há pessoas boas neste mundo (por muito que seja difícil). Temos de acreditar quando nos dizem que têm um carro e um filho. Quando nos dizem que odeiam reggaeton e que adoram cheesecake. Claro que hoje em dia, com as redes sociais, há muitas coisas que nos saltam logo à vista... Mas a felicidade também pode ser fabricada.
Tudo isto para dizer que, por muito que nos protejamos, por muito que tenhamos dúvidas e razões para as ter, não nos podemos fechar no nosso mundo e viver sozinhos numa caverna. Afinal de contas, somos animais sociais... E, por muitas desilusões que tenhamos com as pessoas, vamos sempre ter mil coisas boas. (fala a pessoa que não acredita muito no bom lado das pessoas no geral)
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