quarta-feira, 31 de maio de 2017

Que vergonha


Peço desculpa aos meus fiéis seguidores, mas tenho algo muito importante e íntimo a confessar: sou uma mimada. Eu sei, eu sei... Pareço tão espectacular, é difícil acreditar que posso falhar desta maneira. Mas toda a gente tem direito a ter defeitos, desde que trabalhe neles, certo? Além de que a culpa de alguém ser mimado vem mais de trás... E é aqui que aponto o dedo às duas mulheres que me criaram. É verdade, tanta coisa com os casais homossexuais poderem ou não adoptar e já eu fui criada por (pelo menos) duas mulheres há mais de 20 anos. E elas falharam, por isso... (estou a brincar!!!)
Dizia eu que a culpa é delas... Pois claro que é. A minha mãe e a minha avó (mais a minha avó, diga-se) pouparam-me a muita coisinha aborrecida nesta vida. A partir dos meus 9, 10 anos, a minha mãe bem tentava que eu fizesse alguma coisa, mas ou 1) a minha avó vinha a correr e a dizer "deixa lá a menina, eu faço" (ainda hoje ela faz isso), ou 2) ela tirava-me as coisas das mãos porque não tinha paciência de me ver a falhar redondamente na minha tarefa.
Foi assim que, até aos 17 anos, nunca cozinhei, nunca tive de pôr roupa na máquina (mas não me livrei a lavar à mão, estender e apanhar roupa), nunca tive de passar a ferro. A ida para a faculdade fez com que isto tivesse de mudar e eu me tornasse um ser muito mais independente. Ainda assim, um ser "independente" que ia a casa e levava a roupa para a mãe lavar com a "desculpa" de que tinha coisas da faculdade para fazer. Como tal, o problema da roupa foi-se adiando, adiando... Claro que, nos entretantos, sei desenrascar-me com a coisa, mas nunca precisei de o fazer numa base regular.
Noutro país que não o da mamã, a grande preocupação chegou no que diz respeito ao passar a ferro. Pois é. Sempre fui uma naba... O que é normal, dada a pouca experiência que tenho. Agora imaginem sem uma tábua (estou numa residência, não comprei assim tantas coisas para empilhar no quarto, eu ter um ferro já não é mau), tenho de colocar a peça em cima da secretária e passá-la. Neste sentido, tenho de passar com as duas partes apoiadas, não posso simplesmente separá-las (eu bem tento)... E bem, senhores, é o caos. Tem sido uma desgraça todas as manhãs! Tiro um vinco dum lado para pôr outros bem piores noutro, a parte que não estou a passar fica ainda pior, queimo-me porque estou à pressa... Enfim. É uma confusão.
Sabem o que é que vos digo? Que saudades do Inverno. Camisolas de malha grossas e calças de ganga não precisam de ser passadas a ferro.

domingo, 28 de maio de 2017

Lovely Bern

Apesar de não ter ido a todos os sítios a que gostava de ir durante este ano na Suíça, não me posso queixar. Já fui a algumas cidades e lugares encantadores no meio das montanhas... Uma cidade que ainda faltava e que não queria deixar de lado antes de voltar era a capital, Berna.
Não tinha grande expectativas... É a capital suíça, mas é só a quinta maior cidade, pensei que se calhar não tinha grande coisa. Aliás, muitas pessoas diziam ser uma cidade aborrecida. No entanto, quando comecei a dizer aos meus colegas que iria lá, alguns disseram-me "vais adorar, é lindo!".
Não se enganaram... É mesmo uma cidade linda, que adorei. Gostei dos edifícios, das ruas, das torres, das igrejas, das vistas... De tudo. Planeei um dia com visitas sobretudo ao exterior dos edifícios, só queria visitar o Parlamento e ao Museu do Einstein. Pois bem... O Parlamento está sem receber visitas até algures ao meio de Junho (boriiiing!!) e verifiquei mal a hora a que o Museu do Einstein fechava, pelo que pagámos para andar a correr (só lá estivemos cerca de 40 minutos... não é, de todo, suficiente).
Andar simplesmente por Berna já é bastante bom. É mesmo uma cidade amorosa! Se derem um pulinho à Suíça e tiverem tempo, é sem dúvida um daqueles sítios onde passar um dia.


sábado, 27 de maio de 2017

Ainda o amigo rafeiro

Para terem uma melhor ideia do que estava a tentar explicar no outro post, vou relatar alguns dos acontecimentos com o Mike. Há coisas que eu acho extremamente normais e que qualquer pessoa pode e deve fazer quando está mais à vontade, nomeadamente:
- Olha, não tenho pão para amanhã de manhã porque me esqueci de comprar, dás-me um bocado?
- O meu sal acabou, posso usar o teu?
- Tens maionese?
Enfim, este género de coisas. Por muito que às vezes sejam sempre os mesmos a ceder as suas coisas, acho que não tem mal e é uma das coisas boas de se viver em comunidade. Aliás, às vezes cozinho com um rapaz lá da residência, e é muito na base de "olha, eu tenho isto e isto, tu tens aquilo, vamos cozinhar o prato X", ou "hoje cozinho eu, da próxima cozinhas tu". Funciona. É saudável. Mas voltando ao Mike...

Situação 1
Aqui há uns meses, eu estava a cozinhar algo com bacon e ele chega e diz com ar chateado:
- Se eu soubesse que tinhas bacon, tinha feito carbonara!
Oi?!?! Se tu soubesses que EU tinha bacon, TU partias do pressuposto que o podias usar?! Eu comprei-o para fazer algo específico que eu queria, mas tinha de to dar para tu fazeres o que tu querias. Ah, está certo. Onde está a tua noção? Não sei.

Situação 2
Esta situação é um acumular de muitas idênticas. Imaginem que estão morangos em cima da mesa. Ele começa a perguntar?
- Estes morangos são teus? De quem são estes morangos?
Se alguém disser "são meus", a resposta vai ser:
- Posso tirar?
Se ninguém responder, ele diz:
- Se não são de ninguém, vou comer na mesma.
Eu gostava de ver a reacção dele se ele chegasse à cozinha, onde tinha deixado a sua comida, e ver alguém a comê-la. A sério. Gostava.

Situação 3
Ontem à noite, eu estava a cozinhar e tinha numa frigideira cogumelos, pimentos e cebola. Ele chega e diz:
- Achas que me podes dar 1 ou 2 dos teus cogumelos?
- Desculpa, mas eu usei-os todos, não sabia que querias...
- Não, destes [da frigideira], posso tirar?
- Podes...
Eu disse que ele podia, mas eu estava com uma cara tão incrédula que não sei como é que ele não percebeu. Mais uma vez, onde está a noção do gajo? No idea. Pergunto-me se ele fará isto com outras pessoas, mas desconfio que não.

Situação 4
Esta situação são duas situações no mesmo dia. No dia anterior, ele perguntou se queria tomar o pequeno-almoço com ele e disse-me que não tinha pão. Eu disse que sim, para ele bater à porta do meu quarto, e que eu tinha pão mais do que suficiente para ele usar. Na manhã seguinte, torrámos 4 fatias de pão (duas para cada um), ele cozeu 2 ovos e eu pus nas minhas manteiga de amendoim, abacate e canela (não façam isto, eu segui certos conselhos e é nojento). De repente, ele começa a olhar para as minhas fatias com um ar de quem quer atacá-las (não estou a gozar) e diz:
- Parece delicioso!
Eu ignorei o comentário e o olhar, por isso ele tentou uma troca:
- Queres uma das minhas?
- Desculpa, mas não.
Ele limitou-se a comer o seu pão com ovo cozido. Passado um bocado:
- De quem são estes mirtilos?!
- São meus e eu ofereci-te, podes comer...
Mais uma vez, o que me chateou foi aquele ar de gula. God! Nesse mesmo dia, à noite, eu estava na cozinha com outra rapariga e perguntei-lhe se ela queria um pêssego. Ele apareceu, sabe-se lá de onde, e disse:
- Eu ouvi bem?? Disseste pêssego??
Oh. My. God. Sim, ouviste bem. Sim, eu dou-te a porcaria do pêssego. Mas e se parecesses menos desesperado?!

Situação 5 (e última)
Esta nem é uma situação, é a sua atitude que mais me chateia. Apesar de já a ter abordado, merece um ponto só para si, para realçar o quão é mau. Uma vez, uma senhora disse-me que a coisa que mais a chateava era ver crianças gulosas pelas coisas dos outros, que morria de horrores só de pensar que o filho dela poderia vir a ser assim. Com aquele olhar de gula em direcção ao que não é deles... E nem é por fome, porque isso é diferente. Eu não percebi... Hoje, graças ao Mike, já percebo. Imaginem uma pessoa que não para de olhar para o que vocês estão a cozinhar / comer, com ar de quem vai saltar e abocanhar aquilo tudo. É tão tão intenso, que te obriga a dizer "mas queres?" e a resposta nunca é não. E não é aquele cantinho para provar. É fazer uma refeição disso. Minha senhora, estou consigo. Vou criar os meus filhos para não serem assim.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O amigo rafeiro


Toda a gente tem um amigo rafeiro. Aquele amigo que parece farejar a tua comida a quilómetros de distância e, como tal, vem a correr com a língua de fora e a baba a escorrer, à espera que lhe dês um biscoito e uma festa na cabeça.
O problema do amigo rafeiro é que te faz sentir má pessoa por pensares assim. Isto porque, qual cãozinho, está também ele disposto a partilhar tudo contigo. Seja amor ou a bola que encontrou quando estava a brincar no jardim.
Na faculdade, tínhamos o José (nome meramente ilustrativo). O José era aquele colega que nos via com uma sandes e não conseguia não pedir um bocado. E lá ia metade da sandes... Ele chegava a nossa casa (chegou a ir lá para fazer trabalhos de grupo com o meu colega de casa) e dizia logo "então o que é que tens aí que se coma?". Não me interpretem mal, eu adoro partilhar coisas, incluindo comida! Mas 1) só admito esse tipo de à-vontade quando realmente estou à-vontade com as pessoas, 2) se não estás incluído no ponto 1, espera que te ofereçam.
Livrei-me do José, encontrei o Mike (outro nome falso). O Mike foi uma das primeiras pessoas de quem gostei na residência. Tem muitas inseguranças e macaquinhos na cabeça, mas é boa pessoa. Aliás, foi o primeiro a oferecer-se para me dar comida / sumo / café / whatever. Gosta de partilhar. O que me levou, durante muito tempo, a não perceber a sua faceta de amigo rafeiro... Precisei de um "trigger" (que já vou explicar mais à frente) para abrir os olhos. E, quando abri os olhos, o que é que eu vi? Um cão esfomeado a fazer olhinhos à minha comida (não estou a brincar). De repente, apercebi-me de que ele está constantemente a fazer isto... A olhar intensamente para aquilo que estamos a comer, à espera que eu lhe pergunte se ele quer. Novamente, ele oferece coisas de volta... Mas não é bonito. É um ar de desespero que me dá vontade de não lhe dar comida, para ele aprender que não é assim que funciona (eu a querer educar um cão).
Ao fim-de-semana, eu nem me importo de lhe dar comida. Mas nos outros dias, eu cozinho sempre para duas refeições (para trazer para o laboratório no dia a seguir) e não me dá jeito nenhum que isso aconteça. Principalmente se não é planeado e eu não estava a contar com isso. Talvez ele não perceba, dado que almoça em casa praticamente todos os dias, mas para mim não é assim tão simples.
Estava eu há pouco a dizer que precisei de outra coisa para o conseguir identificar como rafeiro. Estão a ver quando os cães vão contra vocês e, como não têm noção da força, vos aleijam? O Mike vem até mim e esfrega-me os braços com força até me doer e eu fazer má cara. No outro dia, eu estava a cozinhar, e deu-me uma joelhada na perna como que a dar as boas-vindas. E foi isto que me fez lembrar o José... Eles nem fazem por mal, é só a sua forma de dizer "olá, estou aqui, sou um cãozinho, dá-me comida". É muito fofo quando cães de 4 patas os fazem, mas quando têm 2 patas só me resta mostrar má cara. E esperar que percebam, se não tenho de começar a rosnar.

Mais um vício


Assim de repente, de um dia para o outro, apercebo-me de que as temporadas de todas séries que estava a seguir assim que saíam acabaram. Todas. Na mesma semana. Isto é um perigo, senhores... Um perigo. Porque posso decidir começar a ver uma série de 50 temporadas e viciar-me, o que leva a que as minhas responsabilidades (como a tese e arrumar a casa) passem para segundo plano e eu me torne um ser oleoso que fica o dia todo na cama a comer pipocas (estou a exagerar, mas...).
Foi assim que vi, em menos de nada, os poucos episódios que já saíram da temporada Genius, que se centra maioritariamente na vida de Albert Einstein. Gostei bastante, não sei até que ponto muitas das coisas mais pessoais são verdade (tenho de averiguar), mas para mim é bastante motivador saber como certas coisas que eu estudei (durante demasiado tempo, porque estava sempre a reprovar :P) se descobriram. E, de certa forma, fiquei perplexa... Pensei que era necessário muito mais trabalho de laboratório, de experiências. Enfim, uma série para continuar a acompanhar.
O pior é que só havia 4 episódios disponíveis até à data... E foi assim que tive de arranjar algo mais com que me entreter. Para quê aproveitar o Sol lá fora quando podemos ser um ser quase inanimado a papar séries? (estou a brincar... ou não) Cheguei então a 13 reasons why, uma série que tem andado a dar que falar. No primeiro episódio, eu senti a maldade e a intriga de uma miúda que precisava de se fazer ouvir. Mas, assim do nada... Vi 8 episódios. Ontem. O que se resume em quase 8 horas (cada episódio tem mais de 50 minutos). Os filhos da mãe são espertos... Eles sabem que nós queremos saber a razão do Clay.
Eu já desenvolvi muitas teorias na minha cabeça... Que não vou partilhar para não spoilar ninguém. Mas que eles sabem viciar pessoas em problemas de adolescentes, lá isso sabem. Ao ponto de eu estar aqui a hiper-ventilar, a querer saber o que se passa a seguir.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Não, não era mesmo mais nada, obrigada

Cantê

Um fato de banho da Cantê, um corpinho destes a todos os níveis e uma viagem às ilhas gregas. Era só isto, que eu não sou muito exigente.

domingo, 21 de maio de 2017

A i. ficou apaixonada

O nosso estilo pessoal vai sofrendo alterações à medida que os anos passam, isso não é novidade e anormal seria se assim não fosse. Além disso, há lojas que sofrem verdadeiras transformações: ou que passam de vender coisas engraçadas a coisas abomináveis, ou - maravilha das maravilhas - o oposto.
Eu nunca gostei muito da promod. A minha mãe queria entrar e eu fazia cara feia. Ontem dei por mim atraída pela montra... E entrei. Entrei e... amei! Não sei o que se passou comigo, mas eu queria arrecadar tudo debaixo do braço e sair dali a correr. Tantas camisas e vestidos lindos!
Agora era o momento em que eu publicava aqui umas fotos do site... Mas os totós não me deixam aceder à imagem e não me apetece fazer prints. Desculpem. Fica ao critério da vossa imaginação sobre o meu bom gosto.


P.S. Por que é que as coisas têm de ser mais caras na Suíça? O meu sentimento de culpa é ainda maior. Parecendo que não, mais 10 a 15€ em cada peça faz diferença.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Boooom dia!


E depois do post de ontem sobre panquecas, era mesmo isto que está na imagem que eu queria para o pequeno-almoço. Sem tirar nem pôr. Não dá?! Mas por que razão?!

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Quando tens o orientador mais tonto e querido do mundo

Eu tenho um carinho muito especial pela pessoa que o meu orientador me tem demonstrado ser. É uma pessoa super super inteligente, mas eu penso que o que o distingue é o facto de ser super preocupado pelas pessoas de quem gosta. A missão dele é fazer as pessoas felizes - por isso distribui chocolates e massagens. É um querido.
Anyway, recentemente, ele estava preocupado com uma novidade que recebeu via e-mail... Autorizou-me a ver, mas com a condição de não lhe contar. Eu disse que precisava de uma frase estúpida para lhe dizer que já tinha visto, para disfarçar a minha reacção. A frase foi decidida: Pancakes are ready.
Muitas piadas foram feitas com panquecas... Entretanto estávamos a falar do facto de ele ir ao Canadá um pouco antes de me ir embora e eu - feita parva - lembrei-me de lhe pedir maple syrup como souvenir! Em troca, eu faria panquecas.
No dia a seguir, quando cheguei, tinha um frasco de maple syrup em cima da minha secretária. Resultado: estou lixada.

domingo, 14 de maio de 2017

Caminhando para ser mais saudável... mas a alimentação e o exercício não são tudo!

A ler este artigo da NiT assim por alto, não pude deixar de pensar que era impossível que não andasse a acumular gorduras e celulite em tempo recorde.
Segundo eles, são estes os factores necessários para não acumular gordura abdominal:

- Dormir bem. Lol... Está bem, está. Aconteça o que acontecer, durma quantas horas dormir, acordo seeeeempre cansada.
- Alimentação saudável. Já falei sobre o assunto... Podia ser pior, mas também podia ser melhor.
- Vitamina D!! Tem sido um problema desde que vim morar mais para cima na Europa... E nem estou assim tão a Norte...
- Evitar o stress. Querem que ria ou que chore?
- Exercício físico. Sendo que o meu nome do meio é "preguiçosa", não está fácil...

Caso não tenham percebido, esta sou eu a tentar desculpabilizar-me de alguns factores... Não posso ter culpa de tudo, não é?

#salvadorable


Ontem vi um programa da Eurovisão pela primeira vez (pelo menos que me lembre). Eu sei - shame on me - mas eu sou uma pessoa que vê pouca televisão no geral, então de vez em quando ouço a canção vencedora de Portugal na internet, uma música ou outra que causam mais furor, e é isso.
Mas ontem... Ontem foi diferente. É verdade que se proporcionou que estivesse num sítio com televisão portuguesa (antes que digam que na tv suíça também passa, eu cá não tenho televisão de todo e, parecendo que não, ligo mais se ouvir em português do que em francês), mas penso que seria diferente de qualquer das maneiras.
A canção interpretada pelo Salvador Sobral, não sendo a típica canção festivaleira, despertou a minha curiosidade. Eu sou fã do trabalho da sua irmã, Luísa, ela é uma fofinha fofinha, pelo que a qualidade da coisa não me surpreendeu de todo... O que me surpreendeu - e me deixa orgulhosa e de peito cheio por ser portuguesa - é que uma canção, cantada na nossa língua materna, sem floreados ou ritmos pop, tenha chegado ao coração de toda a gente. Não digo isto gratuitamente, é mesmo o que sinto e penso... Não me imagino a sentir desta forma uma música cantada em russo que não entendo; no entanto, isto significa que poderia acontecer, se fosse suficientemente boa e cheia de emoção.
E isto... Este sentimento que o Salvador me permitiu, por ter feito com que uma canção portuguesa tão bonita transcendesse todas as fronteiras (de países, línguas, religiões ou culturas) e se tornasse universal, deixa-me feliz e cheia de orgulho.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Se calhar é isto que as pessoas do meu lab pensam


Bolos! Bolos todos os dias! Bolos e mais bolos!

Caminhando para ser mais saudável... mas com passinhos para trás

Ah e tal, decides ser saudável... Decides o tanas! Eu bem me esforço. Trago frutinha e iogurtes e coisas saudáveis para comer no lab. Aliás, é algo que faço desde que vim para aqui... Mas eu trabalho num laboratório de pessoas mentalmente gordas que só pensam em comer coisas boas (acho que vim para o meu habitat natural). Há alturas em que trazem bolos só porque... sim.
Ontem uma das minhas colegas trouxe um bolo para o lanche. Ainda ponderei dizer que não queria, mas depois pensei melhor... É só uma fatia pequenina com o meu chá, não faz mal a ninguém. Hoje já reparei que há um bolo gigante e apetitoso... Não faço a mínima ideia de quem o trouxe nem por que razão, mas já se está mesmo a ver o que vai acontecer depois de almoço.
A sério, a culpa nem é minha!! Não vou ser mal educada e não aceitar o que me oferecem com tanta gentileza, não é?

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Como assim?!

Eu esqueço-me de que as Licenciaturas são de 3 anos. Epa, esqueço-me... Esta coisa do Mestrado Integrado fez com que eu não pensasse muito na coisa. Estou numa coisa, agora já estou na outra... Algures pelo meio estava nas duas. Enfim. Então quando - de repente - comecei a ver a Bênção de pessoas que eu julgava andarem na primária (váá, na Secundária!)... Fiquei chocada. Como assim estas pessoas já estão a acabar?! Como assim elas sequer começaram?! Pronto. É isto. Custa a aceitar que o tempo passa. E eu só tenho 23 anos.

sábado, 6 de maio de 2017

Caminhando para ser mais saudável... mas com passinhos de bebé

No geral, há muitos anos que sou uma pessoa pouco saudável. O facto de comer tudo e mais alguma coisa sem engordar (ou acumular coisas indesejadas) fez com que me habituasse a comer muita porcaria. Desporto? Depois de ter uns problemas de coluna um pouco mais graves aos 17 anos (nada de especial, mas que fizeram com que tivesse de parar de fazer Educação Física), pouco mais me mexi. Portanto, nos últimos 5 ou 6 anos, até me inscrevi no ginásio uma vez... Mas a falta de frequência fez com que não fizesse sentido continuar a pagar a mensalidade.
O pior é que eu sempre gostei desta vida. Então deitar-me a ver séries enquanto como pipocas e/ou chocolate não é tão bom? Há lá coisinha melhor. Ainda assim, apesar de não engordar, eu sempre soube que isto não era bom para a minha saúde. Então defini um limite na minha cabeça. Até aos 25, tenho de caminhar para ser saudável. Diminuir aqui o consumo disto, aumentar um bocadinho o daquilo... Ir-me mexendo mais e mais.
Apesar de faltar um ano e meio para os 25, ter vindo para a Suíça melhorou a minha alimentação. Não me lixem, a comida é cara... Então, por que motivo iria gastar muito dinheiro em pacotes de batatas fritas? Ou em bolachas de chocolate? Ou em ir jantar ao McDonald's por cerca de 15€? No entanto, o sedentarismo instalou-se ainda mais na minha vida... Praticamente não ando a pé e estou sentada ao computador durante muiiiitas horas. Para depois descer as escadas, sentar-me num autocarro e voltar para casa.
Tudo isto - aliado a outros factores - fizeram com que começasse a acumular celulite de forma louca. Vocês vêem-me no dia-a-dia, magra, e dizem que estou parva... Se há coisa que me irrita é quando as pessoas começam com o "tu sabes lá", "tu não precisas", porque sou magra. Ya, sou magra, os meus braços são esqueléticos... Mas isso não me impede de acumular seja lá o que for. Bem, voltando ao tópico... Comecei a acumular celulite e o facto de só ter um espelho de cara no quarto fez com que não me apercebesse bem da dimensão da coisa. Quando me olhava ao espelho, estava vestida... Por isso, o ataque à coisa tardou em chegar, bem como a minha preparação mental (ainda estou longe de estar bem mentalizada).
Continuo sem me querer mexer... É tarde para me inscrever em ginásios aqui (vou embora daqui a menos de 2 meses) e a chuva não ajuda a querer praticar seja o que for ao ar livre. Nááá. Mas o facto de o saudável estar na moda faz com que seja fácil fazer pequenas alterações na alimentação - o que já comecei a fazer. A preferir certos tipos de pães ou de massas (se bem que a massa é o meu calcanhar de Aquiles... adoro massas). A comprar sementes e mariquices para pôr nos iogurtes (magros, hã?). A ter pequenos-almoços mais saudáveis (todos os dias e não só ao fim-de-semana).
Enfim... Pequenas alterações. Passinhos de bebé. Afinal de contas, ainda falta um ano e meio até aos 25.