Eu sou uma mariquinhas com algumas coisas. Assim de repente, acho que a pior coisa para mim é a temperatura. Queimo-me com tudo, seja com o toque ou a comer... Na minha opinião, isto deve-se ao facto de não estar suficientemente calejada. Se é mesmo isso ou se serei assim para sempre, não sei, é só uma teoria.
No entanto, assim no geral, até sou rija. A minha mãe diz que, se eu me queixo, é porque a coisa já deve estar mesmo grave... Se eu manifesto que quero ir ao médico, então já estou para morrer (digamos que, devido a demasiado anos de consultas, só lá vou à base de cedência). Mas eu sempre achei que ela exagerava...
Ontem ao almoço estava a contar aos meus colegas (que me conhecem há apenas 3 meses) que já fui remover os pontos. Perguntaram se me tinha doído, ao que eu respondi "opá, foi uma sensação estranha, mas nada de especial". Uma delas riu-se e disse que não dava para confiar na minha noção de dor, depois do que tinha acontecido... Isto porque eu cortei-me (e digamos que foi algo bastante profundo, a rapariga que estava comigo descreveu aos outros o estado da minha ferida e acho que só com uma visão totalmente exterior me apercebi que ok, não foi assim tão simples), mas encarei o assunto de uma forma bastante descontraída e descomplicada. Quando aconteceu, nunca deixei de andar, não precisei que me levassem de carro, almocei "como se nada fosse" à espera da hora da minha consulta, etc. etc. Depois do médico, não quis que interrompessem as vidas deles por minha causa, mandei toda a gente para a conferência, tomei banho (bem devagar), arranjei-me e fui para a conferência. Tal como em todos os outros dias. Quando as pessoas sabiam e me vinham perguntar, eu dizia "ah, não foi nada de especial... Foi só um corte. Consigo andar, consigo dormir, por isso está tudo bem". Portanto, agora percebo por que é que eles não confiam na minha noção de dor e de "está tudo bem".
Isto não significa que eu seja insensível, que não sou. A dor está lá, existe, mas a minha capacidade de ignorá-la e de continuar o meu dia-a-dia prevalece. É algo que chateia, que mói, que incomoda... Mas eu tendo sempre a pensar "não é nada de especial, já foi tão pior". Isto é bom e é mau... É bom, porque não gosto nada da sensação de incapacidade, mas é mau porque não sei definir limites.
Seja como for, este incidente não foi assim tão mau :P
No entanto, assim no geral, até sou rija. A minha mãe diz que, se eu me queixo, é porque a coisa já deve estar mesmo grave... Se eu manifesto que quero ir ao médico, então já estou para morrer (digamos que, devido a demasiado anos de consultas, só lá vou à base de cedência). Mas eu sempre achei que ela exagerava...
Ontem ao almoço estava a contar aos meus colegas (que me conhecem há apenas 3 meses) que já fui remover os pontos. Perguntaram se me tinha doído, ao que eu respondi "opá, foi uma sensação estranha, mas nada de especial". Uma delas riu-se e disse que não dava para confiar na minha noção de dor, depois do que tinha acontecido... Isto porque eu cortei-me (e digamos que foi algo bastante profundo, a rapariga que estava comigo descreveu aos outros o estado da minha ferida e acho que só com uma visão totalmente exterior me apercebi que ok, não foi assim tão simples), mas encarei o assunto de uma forma bastante descontraída e descomplicada. Quando aconteceu, nunca deixei de andar, não precisei que me levassem de carro, almocei "como se nada fosse" à espera da hora da minha consulta, etc. etc. Depois do médico, não quis que interrompessem as vidas deles por minha causa, mandei toda a gente para a conferência, tomei banho (bem devagar), arranjei-me e fui para a conferência. Tal como em todos os outros dias. Quando as pessoas sabiam e me vinham perguntar, eu dizia "ah, não foi nada de especial... Foi só um corte. Consigo andar, consigo dormir, por isso está tudo bem". Portanto, agora percebo por que é que eles não confiam na minha noção de dor e de "está tudo bem".
Isto não significa que eu seja insensível, que não sou. A dor está lá, existe, mas a minha capacidade de ignorá-la e de continuar o meu dia-a-dia prevalece. É algo que chateia, que mói, que incomoda... Mas eu tendo sempre a pensar "não é nada de especial, já foi tão pior". Isto é bom e é mau... É bom, porque não gosto nada da sensação de incapacidade, mas é mau porque não sei definir limites.
Seja como for, este incidente não foi assim tão mau :P
4 comentários:
Sou muito parecida :)
Também sou rija! Posso até comentar que me dói aqui ou ali, mas nunca é numa de "ai jesus que não me aguento!". Quando era miúda, fui operada e não me podia mexer porque os pontos afetavam as pernas, logo não podia andar. Quando a minha mãe não estava a ver, lá me levantava e ia sozinha à casa de banho. Nunca fui "mariquinhas" nestas coisas.
Eu sou muito rija, até, nunca fico doente... mas morro de pavor de agulhas e da ideia de ser operada com anestesia local. Com geral não me importo. ahah
Eu também tenho momentos. Por norma sou uma mariquinhas de primeira mas quando tem de ser tem de ser!
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