terça-feira, 17 de outubro de 2017

Votem i. para Presidente!


De vez em quando, trago o tema do feminismo à baila, bem como outro género de igualdades. Hoje trago, uma vez mais, as diferenças que nos separam. Há algo que os homens nunca saberão o que custa (e, se algum dia souberem, é porque a ciência avançou para caminhos muito perigosos): a dor dum parto. Sim, hoje em dia existem epidurais. Sim, hoje em dia existem cesarianas. Não me venham dizer que as mulheres não sofrem na mesma.
Contudo, o problema que vos trago não se centra no parto em si, mas sim na capacidade reprodutora feminina que tem outras implicações mensais. Homem nenhum sabe o que são as mudanças de humor que nos ultrapassam, sem que as consigamos controlar de forma consciente. Homem nenhum sabe o que são as dores (de barriga e de cabeça) e as náuseas causadas. Homem nenhum sabe o desconforto pelo qual passamos.
Não somos todas, cada mulher representa um caso muito específico. Até acredito que haja por aí muitas que ficam mais felizes nos dias de menstruação. Invejo-as. Quando alguém me diz que não sofre com dores, olho para a pessoa em questão como quem está a ter uma miragem e menciono vezes sem vim "não sabes a sorte que tens!". Tenho (quase) 24 anos e já são mais os anos em que sofri do que aqueles em que não sofri, por isso fico a desejar que tal sorte me tivesse calhado.
Por isso mesmo, sabem o que é que é injusto? Homens e mulheres terem os mesmos dias de férias. Sim, sim! Eu, mulher, que sofro horrores - mesmo sob o efeito de comprimidos - durante pelo menos 2 dias por mês (depois fica suportável), penso que devíamos ter direito a esses dias para tirar.  Tipo uma "licença do período". Ninguém devia ser obrigado a trabalhar nessas condições! Mas, como sei que nem todas as mulheres têm este problema, teria de ser de alguma forma avaliado (nada de aldrabar para não trabalhar, ouviram?). Porque não, isto não é doença... Não deve ser tratado como tal.
Claro que eu estou a falar a sério a brincar, porque (infelizmente) se houvesse uma medida assim, as mulheres teriam ainda mais problemas de contratação. Bem sabemos que só o facto de podermos engravidar representa um problema nesse campo, agora imaginem o resto...

4 comentários:

м disse...

Acho que já existe essa licença, não sei onde.
Eu já sofri muito. Tinha períodos a durar mais de uma semana, com dores de barriga e de costas que só muita medicação na causa (muito trifen 200 tomei eu, quando era mais nova). Depois de começar a tomar a pílula ficou MUITO melhor. Foram-se as dores de barriga (às vezes sinto tipo "a moer", mas nada sério que me obrigue a tomar medicação, p.e.), as dores de costas continuam mas numa versão mais soft e já não há períodos de semanas... 3 ou 4 dias e fica a questão arrumada. Às vezes tenho uma daquelas dores de cabeça que parece que vou rebentar, outras vezes nem me lembro que estou com o período (abençoados tampões, também). É conforme a altura, mas melhorou muito mesmo!

Sei de pessoas que ficam completamente de rastos, tendo até que ir ao hospital. Nunca me aconteceu, mas o que já passei já foi chatinho quanto baste. Deixar isto estar sempre assim! :)

ana disse...

Eu confesso ao inicio não tive grandes dores de barriga mas com o passar do tempo as dores parecem ser mais fortes. O que tem salvado é os chás e o brufem.
Beijinhos

Joie d Vivre | Instagram

Sofia disse...

Eu tenho umas dorzitas, mas é raro o mês em que sofro realmente com isso (acontece, mas é raro). No entanto, tenho imensas variações de humor, mesmo tomando a pílula... uns dias antes do período só me apetece chorar por tudo e por nada =p

Anónimo disse...

Estou a divagar e a conhecer agora o teu espaço, mas neste post tinha de deixa mensagem porque me reconheci completamente nestas palavras... Já agora, a minha ginecologista aconselhou-me a tomar a pílula sem pausas, disse que não faz mal e que é muito comum noutros países as mulheres fazerem isso (Brasil, no exemplo que ela me deu). Mói na mesma, mas livrei-me das dores no fundo das costas, de ter de andar vergada e claro, do sangue...
É só uma dica... claro...