segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Quando o teu melhor amigo é o problema sobre o qual queres falar com o teu melhor amigo

[não se aplica, mas aplica-se]

Agora que vivo sozinha, passo muito tempo a ouvir programas / podcasts enquanto efectuo certas tarefas (limpeza da casa, lavar a louça). Um dos programas que ponho no Youtube é o Esquadrão do Amor... Já é antigo, mas como nunca vi muita televisão, o Canal Q também me passava ao lado.
Num dos episódios, ouvi o Carlão a falar duma conversa / discussão que tinha tido com uma ex-namorada, em que ela lhe dizia que estava mesmo muito chateada com ele, mas que era com ele que queria desabafar sobre isso. Porque ele era o seu melhor amigo.
E isto, meu Deus... É tão verdade quando se está numa relação boa. Há coisas que só queremos falar com aquela pessoa, porque precisamos de desabafar... Porque precisamos de bater naquela tecla. Mas o motivo de estarmos assim pode não nos querer ouvir a falar sobre isso. Ou será que, se não quiser, isso significa que afinal não é o nosso melhor amigo?
Eu sei, eu sei. Não é tudo assim tão linear. É apenas mais uma divagação... Que se aplica a qualquer relação de amizade profunda, não só a relações amorosas. Ou será que não se aplica a nada, coisa nenhuma? Às vezes, gostava de respostas mais concretas...

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Pontapé de saída

Passaram-se alguns meses desde que vim aqui, o que só prova que a Inércia tem funcionado bastante bem. Continuamente parada neste mundo (até este momento, em que tive de dar um grande impulso para vir aqui postar qualquer coisa), mas relativamente activa fora daqui (nem podia ser doutra maneira).
Desde que escrevi neste sítio pela última vez, muita coisa mudou. Há coisa de mês e meio, tornei-me oficialmente Mestre. Há um mês, mudei-me para fora de Lisboa para poder estar descansadinha num espaço exclusivamente habitado por mim. Comecei a frequentar o ginásio há pouco mais de duas semanas, o que para mim é uma grande conquista e uma luta constante.
No entanto, ao contrário do que poderia idealizar, sinto que o meu dia-a-dia continua igual a sempre. Não que o considere mau – não é isso, de todo. Apenas tenho medo da rotina perigosa em que me acostumo e me deixo estar confortável, sem capacidade para sonhar mais do que isso. Tenho o meu emprego das 9h às 18h, como já tinha. Tenho as minhas tarefas domésticas, como sempre. Tenho os fins-de-semana, agora um pouco mais livres em termos de responsabilidades, mas igualmente preenchidos em termos de afazeres, porque é a única altura em que posso estar com o meu namorado e/ou a minha família.

(...)

Este início de texto foi escrito a 1 de Agosto. Como se pode verificar, não tive capacidade (ou vontade) para o acabar. No entanto, às vezes sinto necessidade de divagar sobre temas e sinto que comunicar estes pequenos grandes marcos na minha vida podem servir como base para dissertações futuras. Sobre tudo e sobre nada. Aguardem-me... Por aqui, a inércia vence sempre. Para um lado ou para o outro.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Uma alimentação (ligeiramente) mais equilibrada


Até há bem pouco tempo, nunca me preocupei com a minha alimentação. Comia o que me apetecia, quando me apetecia. Sempre fui magra e as análises nunca acusaram problemas de maior que pudessem levar a correcções na minha alimentação, pelo que não era algo em que me focava. Aliás, se fosse preciso ainda pensava "sim, sim... vou mesmo deixar de comer um chocolate seguido de um pacote de batatas fritas. Se me apetece...".
Quando cheguei à faculdade, a coisa descambou de vez. Saí debaixo das saias da mãe, comecei a ser eu a fazer as compras no supermercado e foi o descalabro total. A quantidade de Milka Oreo que eu conseguia devorar sem o mínimo remorso era incrível... Consumia regularmente produtos altamente processados, sem o menor pensamento crítico.
O meu pequeno-almoço era Chocapic (quando o tomava... e muita sorte se o jantar não fosse também). Ao almoço, comia na cantina (ainda era o melhorzinho) ou no bar da faculdade; às vezes, em cadeias de fast food. Ao jantar, se a comida da mãe faltava (porque faltava), as pizzas congeladas e as massas com atum (e derivados) reinavam. Os snacks e lanchinhos a meio do dia também eram comprados na faculdade... Por exemplo, também não havia a preocupação de consumir fruta: quando havia, comia; quando não havia, não comia. Acho que não preciso de descrever muito mais para perceberem o cenário.
No entanto, uma pessoa cresce, ganha mais consciência e, não pensando propriamente no peso, começa a pensar nas suas escolhas de vida e no mal que está a fazer a si própria. Aos poucos, os hábitos vão-se alterando e adaptando... Para melhor.
Posso dizer com toda a certeza que, para mim, o facto de não ter de estudar me ajudou. Os horários são outros, a rotina - mais ou menos constante - ajuda a ter hábitos saudáveis. Ajuda também a não pensar "estou a perder tempo a cozinhar que devia estar a usar para fazer um trabalho".
Além disso, comecei a trocar alguns dos produtos que consumia. Por exemplo, descobri que a manteiga de côco fica maravilhosamente bem nas torradas... Se deixei de comprar manteiga normal? Claro que não, mas se às vezes a posso substituir, porque não? Depois, houve muitas coisas que saíram: o Chocapic deixou de ser comprado, o Milka Oreo também (sniff sniff)... E tantos outros produtos que não me faziam falta nenhuma. Atenção: estou a falar do que compro e como regularmente, não me passei a privar a 100%.
Por fim, a lancheira começou a ser a minha melhor amiga. Aqui sim, foi uma necessidade de terras suíças (e agora, mesmo em Portugal, também o é). No entanto, há males que vêm por bem e a i. do passado não reconheceria a i. do presente, que prepara os almoços para levar, bem como todos os lanchinhos. Se me dá muito mais trabalho? Sim. Se é um stress pegado por não saber o que fazer? Também. Mas compensa em muitos outros aspectos.
Quero apenas frisar que não sou "paranóica" com a alimentação e com hábitos saudáveis. Aliás, estou toda contente porque sei que amanhã vou comer e beber coisas boas (e gordas) com amigos. Porém, tenho perfeita consciência de que tinha hábitos prejudiciais à minha saúde a longo prazo e de que há pequenas (grandes) mudanças que, não influenciando a minha felicidade momentânea, fazem a diferença.

Adulthood sucks


Sabem o que é que é mesmo, mas meeeesmo triste? Controlar os gastos, pensar "ai que bom, estou a gastar pouco dinheiro!" e constatar que não vai sobrar nada na mesma. (parece que nunca fiquei tão contente com os dez eurinhos que a minha avó me dá ao fim-de-semana)

sábado, 17 de março de 2018

Dicas belgas procuram-se


Maltinha que já conhece a Bélgica:
- o que não perder em Bruges?
- quais são as atracções mesmo mesmo fixes de Bruxelas?
- onde posso atacar mexilhões à grande sem um rombo à carteira?
- já agora, onde estão as melhores waffles lá do sítio?
Obrigada. Não vos posso prometer chocolates belgas em troca, mas o meu carinho terão de certeza.

terça-feira, 13 de março de 2018

Ainda as casas de banho


Então e casas de banho no trabalho (num prédio empresarial) com bidé? Quero aquilo para quê? Para lavar o rabinho no trabalho? Para pôr os pés de molho? E depois limpo com a toalhinha de bidé que levo na mala? Mesmo que isto fosse sequer uma hipótese, quem é que quereria usar o mesmo bidé que toda a gente? Não têm espaço para pôr lá um balde do lixo, mas têm para pôr lá um bidé?

segunda-feira, 12 de março de 2018

Todas as mulheres têm o período [*]

Alguém me explica o porquê de não haver baldes do lixo em todas as casas de banho femininas? No meu trabalho, tenho de ter imenso cuidado para escolher a casa de banho certa (nas determinadas alturas do mês, claro está)... Mas quer dizer, às vezes uma pessoa está aflitinha e nem pensa no assunto, entra na primeira que lhe aparece à frente. E as conversas que já tive de ter com as pessoas? "Ah, passe-me à frente... Não, não. Insisto. A sério, vá... Eu preciso de caixote do lixo, tenho mesmo de ir à outra". Desnecessário.


[*] "piada" que só vai ser entendida por pessoas que me conhecem pessoalmente, que estiveram nas mesmas aulas de Mestrado que eu e que vai fazer com que eu arda no Inferno por gozar com as pessoas. No entanto, achei que era um título que se enquadrava e isso atenua a piada.

sábado, 10 de março de 2018

quinta-feira, 8 de março de 2018

Bimba Y Lola de mi corazón

[imagem meramente ilustrativa]

A Bimba Y Lola era aquela loja onde eu passava à porta, olhava para a montra, pensava "ridículo" (peças e preços) e seguia em frente. Até que um dia, uma pessoa pediu-me ajuda para comprar uma prenda "decente" para alguém complicado (aka, alguém que tinha tudo o que o dinheiro permite) e eu pensei "a Bimba Y Lola tem umas carteiras giras".
Na altura, fui lá com a minha mãe e vi o quanto ela gostou dos modelos em questão… E foi assim que, passado uns meses, fiz a primeira compra na loja. A prenda de anos da minha mãe (que, felizmente, faz anos quando já começam a haver saldos). A partir daí, não parei mais... Ando sempre à cata para ver quando os artigos de que gosto têm desconto.
Comecei com uns botins. Entretanto já tenho outro par de botins. A minha mãe deu-me um estojo há uns anos. Comprei uma espécie de blusinha/camisa. A aquisição mais recente foi uma mala (impingida ao namorado como prenda de Natal). Até já tive um casaco de Inverno que, com muita pena minha, tive de devolver (era lindo e quentinho e macio e tudo de bom... mas não me servia).
Até agora, todas as peças que tenho são simples, lisas, de uma cor só. No entanto, confesso que já comecei a olhar de forma mais tentadora para as peças mais "tchanam", com padrões mais irreversíveis. Ajudou o facto de ter ido a Espanha há uns meses e de ter percebido como é que elas fazem essas conjugações!
Arrisco-me a dizer que se poderia tornar num vício... Um vício muito complicado de alimentar. Ao menos é mais saudável do que o tabaco e só "consumo" duas vezes ao ano (nos saldos).

quarta-feira, 7 de março de 2018

Qualquer dia começo a mentir e digo que moramos juntos


Se eu recebesse 1€ por cada vez que alguém me diz algo como "mas porque é que não vais morar com o teu namorado?" / "então agora arranjaram uma casa os dois?", acho que já não precisava de trabalhar. Estaria bem na vida, com a quantia que já teria arrecadado.
E a seguir às questões, vem o "como não?" / "mas porquê?" / "isso não faz sentido nenhum" / "que parvoíce"... Ao início, ainda tentava explicar os meus motivos. Agora, só mesmo aos mais próximos e mesmo assim já me ando a fartar de responder sempre ao mesmo e de ter de me justificar por algo que não diz respeito a ninguém.
Fazer algo que vai contra o que se julga "normal" é sempre questionado. Tudo bem. Mas as pessoas gostam realmente de chatear, não gostam? Começa logo no Secundário, com o "então e já sabes que curso vais escolher?" e não param mais. Quando é que acabas o curso, então já estás a trabalhar, quando é que temos casamento, o primeiro filho vem quando, ah e agora precisas de ir buscar o mano, ...
Quando é que este ciclo acaba? Quando a pergunta for "então e quando é que assinas os papéis do divórcio?" ou "não tarda estás no lar, será que não é mais barato tratarmos já do funeral?"?
É que não há pachorra.

segunda-feira, 5 de março de 2018

#wannabeprogrammer

Claro que o meu local de trabalho não possui computadores desta marca... mas é pena xP

Olá, olá! Tenho andado desaparecida e um dos motivos é mesmo o facto de estar tão cansada quando chego a casa do trabalho, que só me apetece ficar a babar-me. Por isso tenho deixado este blogue ao seu próprio sabor... O da inércia.
Para vos contextualizar sobre o quão naba me tenho sentido no meu novo emprego, decidi começar uma espécie de rubrica - mais ou menos regular - chamada #wannabeprogrammer. A razão é simples: a minha formação base é em engenharia biomédica (sabe Deus o que eu percebo do assunto também), mas o meu trabalho é mais do género que imaginamos os informáticos a ter... Não é que eu não tenha capacidades para aprender o que tenho para fazer, mas demoro muito mais tempo.
Sem mais demoras, aqui vamos à primeira situação:

Estava eu a introduzir entradas numa base de dados, quando decidi perguntar se o campo "data" era definido automaticamente (com um valor default) ou se tinha de o preencher. O meu chefe respondeu-me o que eu entendi como:
- É só escreveres get eight entre parêntesis.
Fiz um olhar de confusão... Não percebi como é que um 8 iria resolver o meu problema. Decidi não perguntar, para não fazer figura de otária. Escrevi: GET(8), enquanto repetia na minha cabeça "get eight... get eight...". Foi então que uma iluminação desceu sobre mim e percebi que o que eu tinha percebido como "eight" era afinal "date" e que o que eu de facto tinha de escrever era GETDATE(). Fez MUITO mais sentido.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Diz que vem aí o dia com mais Amor do ano


A Perfumes & Companhia está com uma campanha alusiva ao Dia dos Namorados (acaba amanhã) que veio mesmo, mas meeeeesmo a calhar. Pois que me incentivaram a comprar um perfume para a minha cara-metade... E eu fi-lo. Comprei um perfume para mim própria. Já dizia o Gustavo Santos que o amor da minha vida sou eu, não é verdade?
[veio mesmo a calhar, porque queria comprar e os preços fazem-me sempre recuar... podia ser Dia dos Namorados todos os dias]

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

#6


Como já disse hoje... Tenho poucas certezas neste momento. É muito bom seres uma delas.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Há lá luz como esta


Portugal. Este país lindo, à beira mal plantado. Sem dúvida, num cantinho especial do planeta. Ah, Portugal... Que maravilha de sol que nos é presenteado na maior parte do ano. Até pode estar frio (para nós, claro, que o clima continua a ser ameno), mas o sol não nos tiram. A luz. Esta luz, esplêndida, que nos aquece do coração à alma. Por muito que as mãos estejam frias. E os pés também.
Esta luz, este sol de que vos falo, é a nossa maior bênção e a nossa maior desgraça. Basta que os dias comecem a ficar maiores para que queiramos, quais lontras, ficar de papo para o ar a produzir vitamina D. Não queremos ficar confinados a espaços fechados, para isso já nos bastam as 8h diárias mal pagas. Mas também não queremos sentar-nos num banco de jardim a ver as vistas... Não, senhores. Queremos esplanadar, queremos a boa vida a que temos direito sob esta luz digna de ser aproveitada. A que hora (de luz) do dia for.
De manhã, mais ou menos cedo, é para a bica. Podíamos beber à pressa, em casa, mas não sabe ao mesmo... Nós, portugueses, gostamos de café. Não o bebemos (apenas) para despertar. Bebemo-lo forte, com o orgulho de quem gosta dos pequenos prazeres desta vida. E gostamos dele. Por isso, saboreamo-lo. Vagarosamente. Que é assim que se define saborear. Se for numa esplanada, com o solinho a bater de frente, tanto melhor. Deixa-nos mais felizes, aquece-nos de mais formas. Os centrais e os nórdicos, com aquela mania do grab & go, perdem metade da experiência, pensamos nós... E depois de almoço a história repete-se, que são só 60 ou 70 cêntimos a mais e sabe-nos pela vida.
Ao fim do dia, a história repete-se. Não bebemos necessariamente café, temos outros prazeres. As nossas cervejas fresquinhas. Acompanhadas de um mini petisco. Sempre com a luz como companhia... Mais uma vez, pobres centrais e nórdicos. Se saírem de casa para uma esplanada é para se gelarem. Não vale muito a pena. Mas nós podemos! E, ainda por cima, a nossa cerveja é tão boa e barata... Em Happy Hour, 1€ chega para trazer dose dupla. Como não aproveitar?
Ah, Portugal. Luz bendita e maldita. Soubessem os centrais e os nórdicos o que é isto e também eles saberiam o que é a crise. No fundo, no fundo... Nós até sabemos que a causa do nosso empobrecimento é a nossa luz. Mas não nos importamos. Há lá luz como esta...

sábado, 27 de janeiro de 2018

Dos segredos


Como disse, a minha vida de "pessoa crescida" começou esta semana. Tive de voltar a Lisboa e isso fez com que eu revisse algumas pessoas e revisitasse alguns lugares que me são bastante familiares. No entanto, também vi pessoas que conheço (nem que seja de vista), tanto da faculdade como da terrinha, e isso pôs-me a pensar...
Na maior parte destas situações, eu estava só a andar na rua, a mudar de linha de metro, ou sentada a almoçar. Nada que eu quisesse esconder, mas e se quisesse? Nascida e criada na Santa Terrinha, cresci com a ideia de que Lisboa era a cidade grande, em que ninguém queria saber de ninguém, em que se pode fazer tudo sem o risco de se ser descoberto, de ser comentado. Que ideia mais errada.
Posto isto, não sei como deve estar o coração de pessoas que têm algo a esconder. Com palpitações, decerto. Se estão a pensar ter um caso fora da vossa relação, cuidadinho. Se se mudaram para a grande cidade porque têm medo da reacção dos vossos familiares ao descobrirem que são homossexuais, nem vale a pena. Se simplesmente vos apetecer gritar na rua e fingir que fugiram do Júlio de Matos, a pessoa ao vosso lado pode saber que vocês só querem atenção.
Deve ser muito complicado nunca poder estar descansado.

Mais uma data a não esquecer


Na segunda-feira passada começou aquela que vai ser a minha primeira experiência laboral a sério. Ainda estou muito "verde" e meio perdida no meu futuro papel para poder dar um feedback, mas este continua a ser um blogue que gira à minha volta (super egocêntrica, I know!) e penso que faz todo o sentido assinalar um momento como este.
Se estou a gostar? Sim, mas ainda só estou em formação, o que me diz pouco sobre o meu dia-a-dia no futuro. Se estou feliz? Sim, mas revoltada com n coisas. Se estou agradecida por ter tido uma oportunidade que, não sendo a minha primeira escolha, é na mesma algo muito bom para mim? Sim. Sem "mas".
Nestes dias de formação, estou a relembrar coisas das quais eu muito gostava... E às vezes dou por mim a pensar "se calhar isto é bom, nem que seja para perceber se queria ter escolhido outro percurso". Pode parecer confuso, mas faz todo o sentido dentro de mim.
Por agora, bom fim-de-semana! O meu vai ser passado com a tese. Que bom! (not)

sábado, 20 de janeiro de 2018

Olá, eu sou a i. e devo achar que sou mãe dos meus amigos


Apercebi-me (ou admiti a mim mesma) recentemente que nunca vou achar @s namorad@s d@s meus/minhas amig@s do coração totalmente perfeit@s (a não ser que sejam também meus/minhas amig@s... e mesmo assim não é de fiar... aliás, não, nem assim). Calculo que seja um sentimento parecido (não igual) ao de mãe, de protectora, de alguém que gosta incondicionalmente e que quer o melhor dos melhores para a pessoa em questão. No entanto, isto é algo difícil de gerir dentro de mim... São todos maiores de idade e eu não tenho de me meter na vida de ninguém. Nem o faço, a não ser que me perguntem directamente o que acho (nesse caso... é um pau de dois bicos).
Reparem que eu não disse que não gosto d@s namorad@s. O "problema" é que separo muito bem a parte da personalidade da parte do "és bom/boa namorad@". Uma das primeiras vezes em que senti isto foi em relação a um rapaz de quem eu gostava muito, achava que ele era uma excelente pessoa... Mas estava a fazer mal à minha amiga, ela estava infeliz. Também tenho casos opostos, em que se calhar pessoas com quem não me identifico são excelentes companheiros e é isso que importa.
Eu às vezes tento não ser assim. Tento pensar "é com eles, não tenho de pensar x ou y". Porém, é mesmo muito complicado... Não é difícil estar calada/mostrar boa cara, basta pensar que não queria que fizessem o mesmo comigo em certas ocasiões (eu tenho telhados de vidro). Mas é difícil pensar as melhores coisas de pessoas que tratam aqueles de quem eu gosto de forma injusta, de forma inferior à que eles merecem.
No entanto, há relações perfeitas? Vai haver mesmo alguém a não ter falhas? A não ter direito aos seus momentos maus? Às suas fraquezas? Eu sei que não. Eu sei que não é simples. Mas... Para os meus... Para aqueles de quem gosto mais do que qualquer coisa... Devia haver.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O meu filho é melhor do que o teu


Já repararam que a maior parte das mães (quero dizer "e pais", mas não tenho a certeza) tem desde cedo uma ideia muito errada dos filhos que tem em casa? Geralmente, isto varia em torno de dois pontos totalmente opostos, que se deveriam anular, mas que de alguma forma não o fazem e que dão alento às nossas queridas progenitoras.
Primeiro, consideram que somos desprovidos de cabeça, que não atinámos com a educação que nos deram, e que por isso somos seres altamente influenciáveis que vão atrás da conversa dos outros. Ao mesmo tempo, quando ouvem histórias dignas de protagonizar um American Pie (ou não, apenas que um qualquer adolescente gregou até lhe saltarem as entranhas), podem jurar a pés juntos que não somos iguais a todos os outros, somos melhores. Em que é que ficamos? Não sei, não consigo perceber.
A minha mãe revelou-me recentemente que, enquanto eu estive na faculdade, teve um receio enorme de que eu começasse a fumar (lol? E conheceres a filha que tens?). Por outro lado, também achou que eu não me embebedava (lol? E conheceres a filha que tens?). Não digo isto com qualquer tipo de orgulho, só que essa ideia de que "só os outros e os filhos dos outros é que são assim" é completamente errada.
Não estou a dizer que depois andam a apregoar este género de pensamentos aos sete ventos. Nem todas as mães gostam de esfregar estas coisas na cara dos outros (há algumas que gostam... e como eu conheço os filhos dão-me vontade de rir). Só digo que deveríamos pensar na possibilidade de termos telhados de vidro. Que se partem com muiiiiita facilidade.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Aquela incapacidade vital de atingir uma satisfação plena e constante


Desde que me lembro que tenho em mim um sentimento muito forte de insatisfação. De necessidade de saber mais, de fazer mais, de ver mais. De dar mais de mim a algo. Além disso, senti-me também muitas vezes presa... Como se me amarrassem os membros para que eu não pudesse saber, fazer, ou ver mais. Sentir mais.
Com o tempo, fui ganhando a minha liberdade. E fui percebendo que a liberdade também nos limita. Dá-nos a responsabilidade inerente a uma escolha, em detrimento de outra. E o sentimento de insatisfação de não nos podermos dobrar mais, esticar mais, chegar a mais. Mais longe.

domingo, 14 de janeiro de 2018

sábado, 13 de janeiro de 2018

A necessidade de comprar uns bons sapatos pretos

Daqui a pouco mais de uma semana, vou ser "obrigada" a vestir-me formalmente no meu dia-a-dia. Só de pensar nos meus ricos ténis... Eu nem me importo de não vestir calças de ganga, só vou mesmo sentir falta dos ténis (e não, não posso usar ténis formais).
Como seria de prever, a pessoa relativamente informal que há dentro de mim não tinha um roupeiro repleto de opções super "pipi" para usar e abusar. Tinha uns sapatos rasos (comprados à pressa quando soube que tinha algo super formal há um ano e tal), um ou dois blazers e umas outras peças que dão para safar (tipo vestidos e camisas).
Neste sentido, tenho vindo a acrescentar algumas coisas mais formais ao meu armário. Uma compra que se revelou excelente foi nada mais, nada menos, do que os últimos sapatos deste post. São bonitos, elegantes, formais, versáteis e... mega confortáveis!
Mas... Uma pessoa precisa de comprar uns sapatos pretos para o que se avizinha. Queria algo simples e confortável, sem gastar um balúrdio... Porque, mais uma vez, as marcas de fast fashion gostam muito de aplicações estrambólicas e de saltos vertiginosos e/ou feios.
Andava a pensar na Rockport, mas os preços dos sapatos de que gosto apontavam ali para os 100-110€... A minha mãe (sempre querida nestas coisas) influenciou-me ainda mais, ao dizer que "são caros, mas vão-te durar imenso tempo, valem o dinheiro". Posto isto, eu estava a planear ir a uma loja da marca e pecar, na próxima oportunidade... Mas não foi necessário! A Rockport entrou em desconto no showroomprive.pt e consegui comprar uns sapatos formais por bem mais de metade do preço!
Ainda demoram a chegar, mas a pouco e pouco a coisa vai-se compondo. A gastar a menor quantidade de dinheiro possível, mas em peças duradouras (esperemos).

[não, não são - de todo - assim]

Desabafo das 02h e tal

O fim de 2017 não veio acompanhado de grandes planos, nem de desejos grandiosos. Tenho perfeita noção de que 2018 não me vai trazer as duas coisas que mais quero: independência (e quando digo independência não digo auto-suficiência) e viajar (porque o bichinho nunca desaparece). No entanto, sei que 2018 pode ser um ponto de partida para algo maior... E foi mesmo isso que desejei.
O meu pedido materializou-se no dia 3 de Janeiro, sob a forma de um telefonema. Quase chorei de alegria! Por muito que não fosse o plano ideal, era a primeira porta a abrir-se em meses e fiquei feliz. No entanto, eu devia saber que nada - mas mesmo nada - é fácil e linear na minha vida. Desde esse dia, já andei para a frente, para trás e para os lados. As lágrimas foram sempre de frustração e nunca de felicidade. Já estou num ponto em que, mesmo a resolver os problemas de dia para dia, prefiro estar de pé atrás e questionar "será?".
Dizem que as coisas sabem ainda melhor quando lutamos por elas. Eu concordo absolutamente, mas porque é que depois das minhas lutas - que parecem vitoriosas - tem de sempre surgir algo para me fazer sangrar mais um bocadinho? As conquistas sabem-me simplesmente a frustração. Sempre.
Eu tento - e tento mesmo - ser agradecida pelo que tenho, pelo que a vida me traz e proporciona. Era mesmo necessário pôr-me à prova constantemente?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Digam a verdade!!


As pessoas que me conhecem sabem que eu consigo ser MUITO "grammar nazi". Já fui mais, porque 1) a vida ensinou-me a estar caladinha para não ser desagradável e 2) sinto que o meu nível de Português tem vindo a piorar. No entanto, apesar desta minha característica, não sou nem nunca fui perfeita. Claro que tenho falhas e dou erros, mas também é importante aprender com isso e não ter a atitude deplorável de quem não se quer melhorar a si próprio. Adiante.
De vez em quando, dou por mim a pensar em palavras e na sua fonética. Em vez de pensar nos problemas da humanidade, penso em coisas como: "se a palavra cachecol é aguda (sílaba tónica no fim), porque é que dizemos cáchecol e não câchecol?". Como tenho amigas que sabem deste meu grau de tolice, é comum começar conversas com "já repararam que... *inserir facto absolutamente irrelevante sobre fonética / gramática / língua portuguesa no geral * ?".
Até que há uns dias, uma delas (que já andava com esta discussão com outra pessoa) me diz "como é que dizes o feminino de macho?" (ou seja, a palavra fêmea), ao que eu respondo:
- Fémea! (escrito de acordo com a forma como eu digo, não como eu escrevo)
O que se seguiu foi uma grande confusão. Uns dizem fêmea, outros fémea. De repente, na minha cabeça revivi todos os momentos em que pensei "que peculiar, escreve-se duma maneira e lê-se doutra". Tentei perceber se era um regionalismo, mas não encontrei um padrão... Ainda assim, é comum dizer-se fémea no Sul. Tão comum, que uma pessoa que eu conheço (não posso dizer quem, porque fui gerada dentro dela e isso seria uma vergonha para mim também) achava que se escrevia fémea.
As dúvidas permanecem... Será que é uma palavra que evoluiu como gémeo (Português de Portugal) e gêmeo (Português do Brasil) e nunca houve uma actualização na escrita? Será que eu vivi toda a minha vida enganada e se diz fêmea? Enfim, não sei.
Agora, digam a verdade e somente a verdade: como raio é que vocês dizem esta palavra? Não tenham vergonha, eu estou do pior lado!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

As saudades de Janeiro de 2017

Há pouco mais de um ano, escrevi este texto. Sentia-me insegura e, principalmente, burra. Eu, aluna de Mestrado sem conhecimentos, aceitei ir apresentar um poster sobre algo que estava a fazer há menos de 3 meses. Há exactamente um ano, escrevi um outro post, com uma versão diferente dos factos. Estava completamente fascinada com o que me rodeava, independentemente das minhas inseguranças... No final, acabou por correr tudo bem.
Lembrei-me de tudo isto porque, lá está, hoje faz um ano que fiz ski pela primeira vez (e única, até à data)! Foi também o dia em que me consegui cortar com o próprio ski na única vez em que caí... Cinco pontinhos e uma cicatriz circular para me relembrarem para sempre desse dia. Mas esse dia, felizmente, está associado a uma semana fantástica.
Para terem uma pequena noção do cenário que me rodeava, aqui ficam algumas fotos:

Na estância de ski (antes de me aperceber que tinha um corte gigantesco)

As típicas lojinhas das montanhas

Just another regular street

Vista da cozinha do chalet

Vista do meu quarto... para o lado direito 

Vista do meu quarto... para o lado esquerdo

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

E assim de repente... já estamos em 2018!


Olá, olá! Ouvi dizer que já estamos em 2018, não é verdade? Pois que os últimos dias têm sido muito bons, cheios daquilo que de melhor temos na vida - as pessoas que gostam de nós. Como tal, não houve espaço para o computador (que nem esteve comigo) e para votos de boas entradas... Mas ainda estou a tempo de desejar a todos vós (e aos vossos) um excelente ano de 2018.
Da minha parte, só comi 6 passas (eu não gosto e o meu namorado concordou que poderíamos dividir 12) e só pedi um desejo ou dois. Lembrei-me agora que um que me tinha feito imensa falta era "conseguir entregar a tese", porque parece estar difícil... Mas tristezas não pagam dívidas e o que importa é tentar não desmotivar!
E por falar em motivação, espero que 2018 seja o ano em que entro no mercado de trabalho. Já não estou muito exigente, a única coisa que pedia era que fosse algo em que eu me sentisse minimamente motivada e desafiada, com vontade de sair da cama e ir trabalhar. No entanto, uma coisa tão simples torna-se ligeiramente complicada nos dias de hoje.
Este é mesmo o meu grande pedido, para além daqueles básicos que quase nem valem a pena repetir (como a saúde, a paz, o amor, ...). Felizmente, tenho a sorte de nunca ter sentido que me faltava qualquer necessidade básica. Sempre tive um tecto, comida, roupa, sapatos e dinheiro para cuidados de saúde. Há que saber agradecer, que o resto vem por acréscimo.
Bom ano, uma vez mais! :)