segunda-feira, 20 de março de 2017

Dramas de morar numa residência

Eu não sei se cheguei a referir no blogue, mas estava muito reticente em relação a vir morar para uma residência. Na universidade, estive cinco anos a morar em casas partilhadas e já Deus sabe os sapos que se engolem... Quanto mais numa residência, em que os espaços comuns têm de ser divididos por muitas pessoas que não conhecemos de lado nenhum. Estava com muito medo no que dizia respeito à higiene e ao barulho, principalmente. No entanto, como temos limpeza nos dias úteis, a coisa até é bastante tolerável.
Ainda assim, havia uma coisa para a qual eu não estava preparada: os roubos. Lembro-me de ler no blogue da Ju (se leres isto, diz-me, porque perdi-te o rasto!!) de que era o pão nosso de cada dia na residência dela e eu pensava o quão baixinhas podem ser as pessoas... Já tive coisas pontuais a desaparecerem-me, mas sempre achei que era por descuido meu e que alguém as levava "por engano".
Pois bem, não. Ontem, quando me preparava para adicionar caril ao meu frango, apercebi-me de que me tinham roubado TODAS as especiarias (excepto uma de que eu não gosto... claramente o ladrão também não). Desde a canela à pimenta, passando pela paprika. Oiii? Fiquei tão indignada (ainda estou)!! Ok, se fosse só uma, eu deixava passar. Ingenuamente, pensaria "alguém usou e se esqueceu de pôr no sítio". Vamos ser sinceros, toda a gente usa as coisas dos outros. Que jogue a primeira pedra quem nunca usou o sal ou o detergente de outra pessoa, seja por conveniência ou por engano. Mas tudo bem... Usa-se um bocadinho, nada de especial, e volta-se a pôr no sítio. Isto aqui foi todo um outro nível...
Anda uma pessoa a tentar não gastar mais um franco ou outro em coisas desnecessárias, a conter-se com coisas de que gosta ou que lhe apetecem, a relativizar e a pensar "não preciso disto, não vou gastar o dinheiro" para depois chegar a alguém e tirar o que não é seu. E não interessa se são coisas grandes ou pequenas, não se faz, a vida custa a todos. Agora vou estar a pôr coisas deste género no meu quarto (que já era uma arrecadação) e a ter de levá-las para a cozinha sempre que estiver a cozinhar. Não é conveniente e chateia-me. E as coisas que precisam de ir para o frigorífico? Claro que não vou deixar de pôr lá nada, mas agora vou ficar sempre a pensar nisto.

8 comentários:

E. disse...

Acho que me ia passar tanto se vivesse numa residência! Sou demasiado mesquinha com as minhas coisas, aposto que ia estar sempre com os cabelos em pé! x

E. ♥ Meet me for Breakfast

Sys Arancia disse...

Também me aconteceu. E é extremamente desagradável, mas nem toda a gente tem educação.
kiss na cheek

Tulipa Negra disse...

Uma colega minha vivia numa residência e também me falou nisso. Ela guardava tudo no quarto. Era chato ter de estar sempre a levar as coisas mas ficava lhe mais barato.

k a t h e disse...

Isso é uma grande chatice, para não dizer uma asneira! Isso não era bom para mim! Saltava-me a tampa todos os dias :x

Minha querida, obrigada pelo teu comentário de força no meu blog! Também perdeste o teu pai? :/

Pam disse...

Vivi numa residência durante anos e, em relação a mim, nunca dei conta que me roubassem nada. Mas havia bastantes roubos lá dentro... Infelizmente, até por parte dos responsáveis e senhoras da limpeza. Todas as semanas havia quem tivesse sido roubado, era triste! O melhor era guardar tudo nos cacifos da cozinha ou no quarto.

Anónimo disse...

Que gentinha reles :/

Manganet disse...

Ahahahah roubar as especiarias é todo um novo nível de assalto... qual roubar dinheiro qual quê, especearias! :p

Sara Moreira disse...

Como eu compreendo a tua frustração! Eu por essas e por outras tinha de ter as coisas do frigorifico e congelador dentro de uma micro caixa fechada a cadeado. Como é obvio não conseguia guardar lá quase nada e as panelas, especiarias, arroz, massa, etc tinha de ser tudo no quarto. Morava um 6ºandar e a cozinha era comunitária para o prédio todo que era uma residência, não tens bem nossão da agonia que me dava sempre que tinha de ir cozinhar e levar a tralha toda comigo para a cozinha desde o 6º andar, andar a abrir e fechar cadeados e sempre atenta às coisas que metia na bancada, não fossem desaparecer segundos depois...