segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Pensamentos de quem passou por demasiadas montras hoje

Como apaixonada por cores outonais que sou, às vezes sinto falta de peças cor de tijolo na minha vida. E por que não um casacão?

[não que morra de amores por este, mas foi a imagem que encontrei para ilustrar o post]

Coisas que eu tenho de ouvir


- Eu não sei como é que as pessoas conseguem estar aqui 1 ano. Para mim, era impossível... Eu adoro sair, eu adoro fazer coisas! Não me consigo privar.

Olha, amiga... Eu também adoro sair e fazer coisas. Mas uma pessoa lida com isso. Não se faz mais, faz-se menos... Opções de vida, já ouviste falar? Além de que quem diz isto não conseguiria nunca ter empatia por alguém com um nível de vida inferior. E isso mexe comigo.
(talvez eu apenas a ache fútil porque não vou com a cara dela, mas é impossível. É daquelas pessoas que chega à cozinha do meu piso, fala com a pessoa que quer falar e nem dirige um olá para os outros. Se calhar sou transparente...)

domingo, 30 de outubro de 2016

Viajar sozinho... Sim ou não?

Sim, sim, sim. Mil vezes sim. Claro que há experiências que sabem melhor quando partilhadas... E é normal estarmos num sítio e pensarmos "oh, a pessoa X ia gostar mesmo muito de aqui estar". Mas há momentos em que não podemos limitar a nossa vida porque não temos mais ninguém com quem ir. Se é algo que queremos, devemos fazê-lo na mesma. Claro que se não fazemos questão ou se preferimos um outro plano, tudo bem... Também não sou nenhuma "nazi" que impinge às pessoas estarem/viajarem sozinhas.
Esta conversa porque ontem, ao jantar, um rapaz aqui da residência disse que queria muito ir a Veneza, mas que não fazia sentido, porque não tinha namorada. Claro que fui logo muito efusiva na minha resposta... Ele acabou por concordar que poderia ir numa viagem com amigos, mas que sozinho era deprimente, pois era uma cidade romântica. Para mim, continua a não fazer sentido...
Quero muito conhecer Veneza (e não estou assim tão longe). Se não se proporcionar ir com o meu namorado, se não conseguir ir com amigos, e se surgisse uma oportunidade de ir... Why not?

Domingo solarengo...

... em casa! Tive um momento de desilusão quando me lembrei que o meu passe tinha expirado (*). Como não há nenhum sítio aberto para comprar que seja perto e queria ir a um sítio em que, a pé, seria 1h a andar para lá e mais 1h para cá, deixei-me ficar em casa.
O momento de desilusão passou e comecei a ser produtiva na minha vida de dona de casa. Hoje tenho de arrumar o quarto e a roupa, para algures durante a semana ir pôr coisas a lavar.
Portanto, resolução da semana: tentar entrar mais cedo para sair mais cedo e aproveitar os fins de tarde. Não é o mesmo, porque não gosto nada de andar carregada, mas vai ter de servir! Além disso, tenho de ir às compras... Vai ser complicado conciliar, com a minha decisão fantástica de não fazer nada de jeito durante o fim-de-semana. Mas uma pessoa faz tudo para poder passear, não é verdade?


P.S. Enquanto escrevia este post, vieram-me convidar para ir a um museu. E eu não posso. Sniff sniff.

(*) felizmente, lembrei-me a tempo. Aqui em Genève não se apresenta o passe para entrar no autocarro e facilmente me esqueço. Tenho apontado na agenda, mas ao fim-de-semana consulto-a menos.

sábado, 29 de outubro de 2016

E para hoje...

Fiz greve ao plano de ir ao supermercado, por isso o dia de hoje (até à festa que falei no post abaixo) resume-se a:
- acordar tarde;
- cozinhar e almoçar com o pessoal da residência;
- ver séries na cama a tarde toda;
- comer o strudel que a italiana fez;
- procrastinar.


Estava mesmo a precisar de um dia assim!

Estou velha


Não há outra forma de o dizer: estou velha. Só tenho 23 anos, mas lá vai o tempo em que eu gostava de ir sair para um sítio abafado cheio de gente. Ok, às vezes é divertido, mas na maior parte das vezes penso "dói-me o joelho, tenho sono, quero ir embora".
Ontem à noite foi a prova disso mesmo. Festa com bar aberto, em que passei mais tempo cá fora a conversar do que lá dentro a ver o ambiente deprimente. A música não estava má, mas então... Isso não é tudo.
Agora vocês dizem "bar aberto, estavas à espera do quê?". E eu sei disso... Mas demorava tanto tempo para se conseguir uma bebida, que não sei como é que isso é sequer um ponto.
Hoje vou a outra festa, mas bastante diferente. Parece que na Índia há um grande evento nesta altura e vão organizar algo noutra residência, com coisas típicas. Portanto, comida e música indiana, o que é que uma pessoa pode querer mais?
Às vezes sinto-me mal por ser essa "cortes" que não vai sair, mas acho que apenas fiquei mais exigente e selectiva. Além de que prefiro um jantar para pôr a conversa em dia, ou até mesmo um café/cerveja/whatever num sítio giro. Portanto, estou velha, mas não me importo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Se queres ser bom, morre ou ausenta-te


Acho que é a primeira vez que estou a usar o provérbio do título. Mas que é uma grande verdade, lá isso é. Muitas vezes, as pessoas simplesmente tomam como garantido o que têm por perto e esquecem-se de lutar, de mostrar que gostam e que se preocupam. No fundo, que dão valor. Além disso, às vezes parece que só vemos a parte má... Esquecemo-nos do que nos faz gostar da pessoa. No entanto, se a pessoa se vai embora, arrependemo-nos, pois aí já recordamos as coisas boas e o que de mal fizemos.
Estou a ser um bocado drástica, dado que o que ia escrever não é assim tão grave. Até porque é sobre a minha mãe e não há ninguém neste mundo que goste mais de mim. Ora, a minha querida mamã, durante 17 anos, foi uma forreta do caraças. Neste momento, não estou a criticar... Foi assim que ela decidiu educar-me e, em alguns campos, até que resultou. Quando eu fiz 18, já na faculdade, houve para ali algo na cabeça dela que a fez deixar de ser forreta comigo. Isto porque já confiava na minha capacidade de avaliar a situação.
Apesar de tudo isto, a minha mãe continuava a não perceber como é que eu gastava tanto dinheiro em certas coisas, como livros. Nas ocasiões especiais, como aniversários e Natal, mantinha a sua opinião do "prendas? Eu dou-te prendas todos os dias". No 1.º ano da faculdade, ofereceu-me uma mala "cara" de prenda de Natal, porque sentiu-se ofendida por eu dizer às minhas colegas que a minha mãe não me costumava oferecer prendas. Mas depressa voltou ao normal.
Porém, de há uns meses para cá, a coisa começou a mudar. Eu mandei para o ar que queria um relógio dourado de prenda da Bênção... E aconteceu. Durante as férias, eu via uma pecinha de roupa que gostava, e depressa vinha um "compra! A mãe oferece! Ficas tão bonita!". Para terem noção, eu tive de pôr um travão nisto. Eu via roupa que gostava e tinha de dizer "não, não vamos comprar". O cúmulo foi quando, a ver livros, ela me tentou comprar um!! Sabendo que eu tinha uns 10 em casa por ler. E, adivinhem? Eu tive de conseguir dizer que não. Foi difícil, mas consegui.
A verdade é que a minha mãe alterou completamente a sua maneira de ser comigo só por avizinhar a distância e as saudades que ia sentir. Além disso, hoje ao telefone, descobri que ela me mandou uma encomenda como prenda de anos (que ainda não chegou). Não é nada de especial, mas deve ser fofinho e mostra que ela pensou em mim e na minha data. Pela primeira vez na vida, sem eu a pressionar, nada.
Se eu soubesse, já tinha saído de Portugal há mais tempo...

sábado, 22 de outubro de 2016

Gordinha feliz e com saudades das amigas!


Fico sempre assustada quando recebo avisos da recepção aqui da residência (eles são malucos), mas desta vez era de uma encomenda. Estava meio curiosa, mas não demasiado... Quando recebo e vejo que vem das minhas queridas amigas na Holanda fiquei logo super super feliz! Lá dentro, umas maravilhosas (ainda não provei, mas são maravilhosas de certeza) stroopwafels... Ainda mais contente fiquei. Vocês são as melhores <3

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Os dramas de viver numa residência

Eu nunca quis viver numa residência de estudantes. Pelo menos, não naquelas "normais"... Em Lisboa, para se estar numa em que o preço seja razoável, as condições não são assim tão aceitáveis. Partilhar quarto? Desculpem, mas não. Partilhar a cozinha com 50 mil macacos que não se preocupam se deixaram as coisas minimamente limpas? Também não sei até que ponto ia funcionar a longo prazo.
Aqui é diferente. Por muito que as condições fossem más, eu queria vir para uma residência... Ou melhor, não queria, mas tinha de o fazer. Para me forçar a interagir com pessoas mas, sobretudo, pelo preço. A parte boa (não sei se é do país, ou se simplesmente calhei numa em que é assim) é que há limpeza durante os dias úteis da semana aos espaços comuns.
Até aqui, fantástico, não é assim? Pois. Mas eu estou habituada a viver em casas, apartamentos. Em que tenho espaço na cozinha para ter mais do que cebolas. Em que tenho forma de deixar os meus produtos de banho, adivinhem onde!?, na casa de banho. Aqui é diferente... As condições são boas, mas calminha. Não há espaço suficiente naquela cozinha minúscula para as coisas de tantas pessoas. Então, tudo o que é utensílio de cozinha e até mesmo enlatados, bolachas, etc. estão numa estante do meu quarto.
Todos os dias a rotina é a mesma. Depois de limpar tudo, tenho de trazer as coisas para o quarto. Deste modo, já consegui "perder" (depois eventualmente encontro as coisas) facas, tachos, tampas, tupperwares... Tudo. Já para não falar dos meus produtos de higiene... Que já ficaram n vezes na casa de banho. Não é que estejam perdidos, mas estão a ocupar o espaço para as outras pessoas. Qualquer dia deixo lá as cuecas...
Não quero ser mal agradecida, eu gosto bastante deste sítio. Mas só penso em ter um emprego e um ordenado minimamente estável para poder ter o meu T1. Ou T0. Ou o que for, mas o meu espaço.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Digno de registo


Ontem tive um dia bastante diferente do normal em vários sentidos, pelo que decidi escrever sobre isso... Pode ser que daqui a uns anos encontre este blogue perdido e pense "ohhh!! Pois foi!!". Não que tenha sido a loucura, não... Foi apenas muito diferente do que estava à espera e com pequenas coisas que me deixaram feliz.
Tudo começou de manhã, quando decidi entrar num supermercado e comprar um bolo para comermos depois de almoço com o café. Pensei "ok, vou só dizer depois de almoço e ter aquele momento awkward do it's my birthday, mas ninguém se vai importar porque há bolo". No entanto, achei que se houvesse um frigorífico para eu colocar o bolo era capaz de ser boa ideia... Pelo que fui perguntar ao meu orientador, que ficou logo a saber a ocasião. Passado um tempo, quando fui buscar chá, voltei e tinha 4 balões na minha secretária, a dizer "feliz aniversário" em português, francês, inglês e japonês. Ele é mesmo um amor! O melhor supervisor que me podia ter calhado na rifa. Claro que entretanto a notícia se espalhou e não precisei de dizer a mais ninguém. Tive uma hora de almoço engraçada (com jogos, para variar). Portanto, divertido!
Entretanto vim para casa, porque decidi cometer a loucura (sim, loucura, eu não nasci para aquilo, mas tudo bem) de me inscrever em aulas de dança. Por acaso, começavam ontem. Como tal, vim deixar as coisas e lá segui eu para uma noite diferente... E que se vai repetir por mais umas semanas.
Quando saí, tinha uma mensagem no whatsapp de um dos meus colegas da residência a dizer "vem rápido, não sei o que se passa, a porta do teu quarto está aberta, a fechadura partida". Não acreditei. Disse "pára de gozar comigo, vá". Mas depois os outros confirmaram... Se bem que não fazia sentido nenhum, uma delas a dizer "vem rápido, temos de sair e não queremos deixar a porta aberta". O meu cérebro estava a mil... Tão depressa pensava "se fosse verdade, eles tinham chamado o segurança", além de que uns vão sair, mas outros ficam. Por outro lado, pensava "tenho tudo o que preciso (excepto o meu passaporte) naquele quarto" e estava a ficar super assustada e ansiosa. Aqueles 10 minutos de autocarro foram uma eternidade. Claro que era mentira... E eles estavam todos trancados na cozinha, de luz apagada, com um bolo (super bom) e velas para mim. Ah! E um cartão escrito em muitas línguas - alemão e mandarim são as que percebo melhor! Foram uns amores. Fizeram-me passar da cabeça, mas também me deixaram muito feliz.
Vim para um país totalmente novo, sem conhecer ninguém, há 3 semanas. E já há pequenas coisas que me fazem sentir em casa. Estou agradecida do fundo do coração por tudo isto... Bem como por todas as mensagens e chamadas de ontem. Falar com aqueles que nos são queridos é sempre reconfortante. E ok... Confesso que já tenho saudades. Mas não chorei!! :P

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

23

Os 18 trouxeram aquela coisa boa e que todos os adolescentes desejam, a maioridade. Uma pessoa já está (ou está em vias de entrar) na faculdade. Já pode tirar a carta. Já se sente dona e senhora de si própria, mas ao mesmo tempo já tem consciência para saber que ainda é uma criança que não sabe nada na vida. Foi um dos aniversários mais simples, felizes e fofinhos que tive.
Os 21 vêm e uma pessoa aplaude porque já pode beber álcool no mundo todo. De facto, deu-me muito jeito, porque estive 2 meses nos Estados Unidos com 21 anos e fui fazer um tour a uma fábrica de cervejas. Só vantagens. Nesse aniversário, jantei com uma vista incrível sobre Lisboa e jurei para nunca mais organizar um jantar de grupo. Já nem me lembro da razão!
Os 23. Pois, de facto não sei o que me esperam. A vantagem? Há aqueles cursos superiores para maiores de 23, já me posso candidatar. Qual PhD, qual quê! Uma pessoa tem de aproveitar as vantagens da idade. O aniversário será passado um bocadinho mais no centro da Europa do que no sudoeste. Veremos o que me espera durante os próximos 365 dias.


Parabéns a mim!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fofinhos de mi corazón


Eu gosto muito de sapatos e botas assim em geral, mas às vezes apetece-me cometer loucuras e comprar 51 modelos de ténis. Ou o mesmo modelo, em cores diferente (All Star!)... Depois da minha paixão (felizmente concretizada, porque andar com eles é o paraíso) pelos New Balance 420, queria assim muito ter uns Gazelle da Adidas. Assim muito muito. Acho-os tão lindos e fofinhos e tudo de bom, que até podiam vir em várias cores! Os meus favoritos são azuis, mas sinceramente não sei o nome específico da cor. Sei que não são os navy blue, mas se me quiserem oferecer e estiverem confusos, esses também servem :P

Quem é que faz anos amanhã, quem é?

Pois é. Pergunta retórica estúpida para mim própria. Sou eu. Pela primeira vez em toda a minha vida, vou passar o meu aniversário sem uma única pessoa que seja realmente importante para mim. E eu - que sou das que não liga grande coisa a fazer anos - não estou nem feliz nem triste. Estou apática. Simplesmente não parece que vou fazer anos. Mantenho-me a repetir para mim "vou fazer anos, vou fazer anos!" e a dizer aos da residência "podemos comprar umas cervejas, ou qualquer coisa do género", mas nada por aí além. Até já pensei em comprar um bolinho e trazer para o office. Não sei. Só para não deixar a data em branco.
Eu não ligo a fazer anos... Mas ligo a prendas (esperta). Nem que sejam de mim para mim. Nem que sejam um miminho, algo a representar "gosto de ti". Estou tão apática em relação ao assunto que nem penso em prendas desta vez... A única coisa que penso é que tenho de comprar um casaco para quando as temperaturas começarem a descer a sério. Tendo em conta o dinheirão que vou gastar, acho que posso dizer que é o meu presente.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A minha veia consumista a vir ao de cima (mas a controlar-se)

Esta capas são tão tão fofinhas. Se não fossem apenas autocolantes, comprava uma para ter Lisboa sempre comigo. Da Toranja, que descobri no blogue da Pipoca e que de vez em quando vou cuscar para ficar de queixo caído.

A todos os que perguntaram...


A sopa ficou muito boa, obrigada! Estou muito orgulhosa. Se calhar foi só sorte de principiante...

domingo, 16 de outubro de 2016

Emigra estudante... Na cozinha

Hoje, a lavar a louça depois de cozinhar, apercebi-me que usei TODOS os meus utensílios de cozinha (e aposto que será assim em muitos dos meus Domingos aqui). Não foi difícil, dado que comprei apenas o essencial quando cheguei.
Ora, com a sopa, usei o tacho grande e o tacho pequeno. Ah! E a minha varinha mágica nova. Fiz uns filetes panados no forno, por isso o tabuleiro de pirex foi também... Mais uns legumes salteados, pelo que tive de usar a frigideira. Voilà, c'est fini! *eu a tentar usar o meu francês impec*
Isto não é vida de emigra, em que tive de comprar coisas e tal... É vida de estudante emigra, sem ordenado.


Eu quase podia fazer uma rubrica com coisas que sinto por ser "emigra".

Nostalgia

Ainda nem acabei totalmente os estudos, mas desde os últimos meses para cá, a minha vida tem sentido um turbilhão de sentimentos relacionados com o fim.
Começou na Bênção, em Maio. Com todas as preparações, com as fitas escritas do coração, com as lágrimas que derramei a ler as que os meus me escreveram.
Depois, no final da época de exames, a pensar com alegria - mas alguma nostalgia - que eram os últimos exames. A última época até às tantas naquela faculdade, com os melhores colegas que eu poderia ter tido.
No último mês, foram as despedidas. Nós temos a mania de ser super internacionais por essa Europa fora... Andei a bater mal uns dias, só me apetecia chorar.
E agora, na última semana, houve dois acontecimentos que me fizeram ficar novamente "ohhhh!! Quero voltaaaar!!". Primeiro, o Baptismo... É verdade, eu era dessas que ia à PRAXE, desculpem. Para dizer a verdade, dediquei muito tempo e dores de cabeça ao assunto. E agora, que já não tenho qualquer responsabilidade, queria poder viver tudo, uma vez mais... Bem como ficar orgulhosa com o trabalho de algumas pessoas que também vi crescer. Além disso, jantar académico é jantar académico. Sempre hei-de gostar da dinâmica (ok, quando tiver 50 anos, se calhar vou pensar "esta gente é só parva"). Este foi o primeiro evento. O segundo foi a Recepção ao Caloiro da minha faculdade... Contextualizando, as festas da minha faculdade são uma porcaria (no geral). A melhor foi quando eu era caloira, porque nessa altura eu regava as minhas noites com muito álcool e a pior festa do mundo parecia a melhor de sempre. Ainda assim, agora que não posso ir, deu-me aquela saudade forte de querer voltar a estar lá, a viver tudo, com as minhas pessoas.
Dizem que é um tempo que não volta... É normal, as pessoas crescem, a vida evolui noutro sentido. Mas hei-de sempre recordar estes anos com carinho.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A grammar-nazi vem a público


Eu sou uma grammar-nazi. Já fui mais, porque entretanto também sei que as pessoas às vezes simplesmente se distraem (eu própria incluída). É perfeitamente normal que, quando não se lê uma frase duas vezes, certos erros de concordância passem. Também é normal, com o "s" e o "z" tão perto no teclado qwerty, que a escrita à pressa obtenha maus resultados. Tudo bem. Mas há limites.
Confesso que para mim resulta um bocado como corta-interesse. Por exemplo, se eu abro um blogue pela primeira vez e vejo um erro que considero grave no primeiro post que leio, essa janela é fechada e não volto lá mais. Se é um blogue que já leio há algum tempo, então a coisa passa e eu penso "pronto, está tudo bem, não saber aplicar o à/há é grave, mas eu até gosto de vir aqui". Além disso, não posso ser drástica... Se fosse, já tinha acabado com o meu namorado há muiiiito tempo.
Acontece que sou uma pessoa que julga. Isso não é bonito da minha parte, porque cada um sabe de si. Mas julgo. Já dei por mim a pensar "como assim, tu és de letras e dás estes erros? Como assim, tu és jornalista e não sabes escrever?". Para mim, é indesculpável... Se bem que também é indesculpável para as outras áreas todas. Vejo pessoas com formação superior a não dar uma para a caixa. Para mim, só demonstra o lixo de ensino que temos no nosso país.

P.S. Não sei por que razão, nos últimos tempos tenho visto muitas vezes escrita a palavra á... Que não existe, pura e simplesmente. Mas estas pessoas não lêem? Já nem digo livros, mas revistas, notícias online... Qualquer coisa! Não?

Não dá, tenho de me mudar

*imagem que tenta ilustrar eu a mudar-me para os USA*

Estive a pensar e acho que, se eu quiser continuar a namorar com o L, vou ter de me mudar para os Estados Unidos. Isto na situação muito particular em que eu tenho um horário de trabalho e ele está de férias.
Ora vejamos. No ano passado, com estes horários, era mais ou menos assim (horas mais ou menos inventadas, já não me recordo ao certo):

07h nos Estados Unidos, 12h em Portugal
Eu acordava, despachava-me e mandava uma mensagem de bom dia.

08h30 nos Estados Unidos, 13h30 em Portugal
Eu chegava ao meu local de "trabalho" e já tinha uma mensagem de bom dia.

Falávamos durante a manhã dos Estados Unidos / tarde de Portugal e durante a tarde dos Estados Unidos / noite de Portugal.
Eu ia fazer o jantar, ele ia sair. Quando ele voltava (vamos dizer, 4h da manhã de Portugal / 23h dos Estados Unidos), estávamos os dois prontinhos para ir para a cama.
Agora, com uma hora de diferença (em que ainda por cima sou eu quem está uma hora a mais! às 22h de Portugal já eu estou a cair para o lado), eu com um horário das 9h às 17h (quem é que eu quero enganar? é das 10h às 16h), ele de férias... Não funciona.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

What do you mean?

Eu adorei programação. Eu adorei estatística. Eu adorei processamento de sinal. Eu adorei neuro-coisas. Por isso, decidi juntar tudo e vir fazer a minha tese nisso. Agora vocês pensam: uau, i.! Fantástico! Conseguiste. E eu digo: OH NÃO, O QUE FUI EU FAZER????? Como se costuma dizer, pareço um burro a olhar para um palácio. Acho que o Bieber percebe o que eu sinto...

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Na Mango mais próxima de si


Assim de repente, estes dois modelos podiam vir morar para o meu roupeiro. Comprem num número pequenino e ofereçam-me! Agradecida.

Pensamentos profundos de quem devia estar a trabalhar

Há uns dias, estava a falar com a minha mãe de que, com a minha personalidade, vou acabar por ter um filho como o meu primo J ou o meu primo B (que eu adoro, mas não temos nada a ver) só para me chatear.
O que quero eu dizer com isto? Bem, muito resumidamente, eu gosto de sonhar alto, de não me contentar (não estou a dizer que o faço sempre, estou a dizer que gosto e me esforço por ser assim). Estes meus primos são bastante diferentes... Foram-lhes proporcionadas várias oportunidades, foi-lhes dito "voem, têm asas", e eles simplesmente não quiseram. Quiseram ficar onde sempre estiveram, no que sempre conheceram. A fazer algo de que gostam, é certo. Não estou a criticar, cada um é como cada qual... Mas para uma mãe ou um pai que não têm essa personalidade, essa visão, deve ser complicado. Tal como ao contrário, que é o meu caso.
Com o avançar da conversa, a minha mãe questionou-se "mas por que é que tu não és como eles?? *inserir ar de desespero*". Não sei, nunca vou saber, mas se calhar a resposta está nela própria. Ao proibir-me tanto de certas coisas, só fez com que eu as desejasse mais. Ao quebrar-me as asas para eu não poder voar, só fez com que eu sentisse ainda mais ânsia de o fazer, mesmo que com as asas por recuperar. Com uma grande quantidade de discussões e lágrimas pelo caminho (e mentiras, quando era mais nova), se calhar agora dou muito mais valor a algumas das minhas conquistas. Dizem que o fruto proibido é o mais apetecido. Não sei se foi esse o caso, mas se for, óptimo.
Tudo isto para dizer que, com o conhecimento que podemos ter hoje das coisas, não acredito que é impossível lutar por aquilo em que se acredita. Mesmo no tempo dos nossos avós, em que uma ditadura lavrava por completo o nosso país e fazia com que as mentalidades fossem moduladas como dava jeito, havia muita gente consciente e descontente. Se uma pessoa está feliz com o que tem e não vê necessidade de mais, então tudo bem, não critico a letargia. Se, pelo contrário, fala do que está mal, queixa-se, mas não age? Então quem está mal é essa pessoa.
As verdadeiras mudanças vêm sempre de dentro de nós. Não podemos ficar à espera de uma revolução exterior.

Estúpidos.

Peço desculpa pela brutalidade que dirijo hoje, mas esta mensagem vai para todas as pessoas que têm ido à praia em Portugal:


O quê?? Ainda está bom tempo e calorzinho e vocês têm de aproveitar?? Fuck you all. Esfreguem-me isso na cara pelas redes sociais fora, que eu gosto. Feios. Estúpidos. E eu aqui com mínimas de 2ºC...

P.S. Aposto que as pessoas também dizem "olha-me esta porca em Genève. olhem para mim com vista para as montanhas", mas o ser humano tem de ter sempre esta faceta descontente.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Fall #2

E é por amar as cores de Outono, que fico sempre muito feliz a ver fotos de Boston e de Nova Iorque  (e de outros tantos sítios, mas estes dois...) nesta estação do ano.



Fall

Demorei 21 anos da minha vida até perceber qual era a minha estação do ano preferida. É o Outono, sem dúvida. Os dias mais fresquinhos, mas soalheiros. A manta que já sabe bem, tal como os chás quentinhos. O cheiro a castanhas na ruas, que tantas vezes me faz parar e comprar uma dúzia. Mas o que torna tudo extremamente encantador são as cores. Adoro a Primavera, com tudo verdinho depois da chuva, mas a magia das cores de Outono tem um efeito mais inspirador em mim.

I don't want to, but I have to

- imagem pirosona, que diz tudo -

domingo, 9 de outubro de 2016

Adoro mudanças de temperatura drásticas #sqn


A pior parte de não estar em casa, perto dos meus, deve ser quando estou doente. É precisamente o que está a acontecer hoje... Estou meio de cama, bastante constipada e ranhosa, com algumas dores e mau-estar.
Mas a coisa faz-se! Muito chá, estar confortável em casa, meio a dormir... E esperar que amanhã já esteja melhor para não me custar tanto no laboratório.

sábado, 8 de outubro de 2016

Compras de emigra


A i. de Portugal e a i. de outros países é consideravelmente diferente. A i. de Portugal faz as compras o mais perto possível de casa. Se a coisa X é melhor e/ou mais barata no Pingo Doce, mas o Continente é mais perto, então o mais provável (95%) é que vá ao Continente e não se pensa mais nisso. Eu sei, má gestão... Mas a verdade é que é mais rápido e mais prático e também dizem que tempo é dinheiro.
Já a i. que vai para outros países... Well, aí é consideravelmente diferente. A i. noutros países tem muitos outros gastos e mais consciência. Por isso é que a minha vida aqui na Suíça melhorou consideravelmente quando descobri o Lidl. Não estão bem a perceber o meu ar de criança feliz quando lá entrei e comecei a olhar para os preços! É que depois de ver carne de frango em promoção a cerca de 30€/kg nos outros supermercados, chegar lá foi como uma manhã de Natal carregadinha de coisas boas.
Isto para dizer que o Lidl é longe. O Lidl não é logo ali ao virar da esquina, como a Migros e a Coop (BFF's dos suíços, minhas nem tanto). Como tal, as compras da semana custam a carregar sozinha... E foi por isso que hoje, dia 08 de Outubro de 2016, eu comprei nada mais, nada menos do que... Um carrinho de compras (*)!! Não gosto da cor (branco), mas é fofinho e plastificado (para a chuva e para a neve!).
Como gastar dinheiro é comigo (infelizmente), fiz mais uma "compra de emigra" que me vai dar muito jeito para as minhas futuras sopas: uma varinha mágica! Vida de estagiária que demora muito a chegar a casa ao fim do dia pode ser complicada. Por isso, ter sopa feita regularmente é desde já um plano.
E foi assim que hoje chegaram cá a casa mais itens necessários. Quem diria que a i. iria mexer o rabinho por coisas mais baratas, ein?

(*) Bom, bom era comprar um carrinho de 4 rodas e ir a França às compras, mas isso fica para quando eu tiver ordenado.

A marvellous time!!!!

Esta é uma altura maravilhosa para os papa-séries. Maravilhosa, mas perigosa também... Porque enfim, o tempo que se gasta é de loucos. Séries a estrear, séries a recomeçar. Já estou super curiosa para ver Westworld e outras tantas (este artigo da NiT deixou-me louca). Eu nem sou a pessoa mais viciada de sempre... Mas sou um bocadinho.
Tenho andado a ver Sete Palmos da Terra (Six Feet Under), mas nestes últimos dois dias deixei esse clássico de lado para papar até às tantas as séries que recomeçaram. Como tal, já estou a par de Flash, de Arrow, de Quantico e de Scorpion. Ainda me falta The Big Bang Theory... E Narcos, falho sempre com Narcos.
Sem contar com esta última (e Six Feet Under, pronto) são tudo séries levezinhas, que não custam muito a acompanhar. Mas de vez em quando tenho estas fases, em que só preciso de séries desse género para não me preocupar com nada.

domingo, 2 de outubro de 2016

Eu vou, eu vou, passear agora eu vou! (*)

Depois de 3 dias intensivos de tratar disto e comprar aquilo, hoje é dia de passear! Ainda é tudo meio à toa, mas irei até à parte da "Old Town" (Vieille Ville em francês, pelos vistos). Até mais logo :)

(*) cantar ao som da música dos Sete Anões da Branca de Neve :P